Deserto
António saiu de casa, apenas porque queria sair, apanhar com o ar na cara, olhar, ouvir os barulhos, sentir a vida em seu redor.
Nada de anormal.
Quando saiu, um silêncio tremendo, nem o roncar de um motor, nem a fala das pessoas, nem pássaros disputando galho de árvore.
Apenas calor, muito calor, deserto, areia.
Cruzou os braços olhando em redor, cantarolou baixinho apenas ouvindo a sua voz.
Regressou à sua tenda.
Não é todos os dias que passava o fim de semana na sua casa no meio do deserto.