Numa manhã de sol, sentados de mãos dadas o casal conversavam e recordavam de dias distantes.


Ela falou:
_ Lembras de nosso filho que levavamos na pracinha e ele corria feliz, brincava com outros meninos e nos beijava e voltava aos seu brinquedos ...
Parece que nos cuidava com medo de perder-se de nós.


Ele respondeu com os olhos marejados de lágrimas:
_Para que recordar, ele nunca saberá de nossas recordações e nem comprenderá nossa saudade é tão ocupado.


Ela ficou calada e lembrou-se da última carta do filho há tantos anos ... e falou baixinho só pra ela:


_ É meu filho, hoje és um grande homem, gastamos quase tudo que tinhamos para que estudasses e sei que estás bem e se não nos procuras é por trabalhar demais.
Duas lágrimas também teimavam em cair de seus olhos cansados e sentiu um silêncio profundo lhe invadir o coração.


Mas uma onda de calor parece que desceu sobre eles como um abraço para os consolar e folhas verdes cairam sobre a neve de seus cabelos que seriam os beijos que tanto queriam do filho  que os esquecera ou não tinha mais tempo como eles pensavam.


Mas esse filho não sabia que estes dois velhinhos eram sábios e tudo fizeram só pensando nele e ele os esquecera.


"Todos que lerem essa história nunca esqueçam que um dia poderá ser sua ... e que dói ser esquecido pelos que     mais o amaram."