Sob o luar. 
 
Anoiteceu! Ele foi buscá-la para passear, como sempre fazia. Assim que encontrou a sua amada deu-lhe um abraço e ela encostou seu rosto no dele. Saíram juntos caminhando por ruas, quadras e quadras. Pisaram em muitas flores que estavam pelo chão. Felizes seguiram até uma laje. Subiram nela e se deitaram de mãos dadas. Olhavam para o negrume do céu que a noite aprontou para ressaltar o luar. Estrelas se aproveitavam disso para brilhar como lantejoulas cintilantes. Era uma noite maravilhosa! Nesse momento ela falou: 

Meu amor. Eu adoro o luar! Hoje não se vê a lua cheia, mas minguante. Mesmo assim ela está especial e linda demais! 


Ficaram por horas vendo aquela beleza, lua e estrelas que se moviam pelo céu. De repente ele disse:

- Querida!  - O dia está para amanhecer. Vamos embora.


Desceram de onde estavam e em silêncio caminharam de mãos dadas pelas mesmas ruas. Ele a levou até sua morada e à porta ternamente se abraçaram. Ela lhe perguntou:

- Então, Querido, hoje à noite de novo nos encontraremos?  Ele confirmou com a cabeça e daí voltou para o seu túmulo. E assim felizes sentiam o doce sabor da morte.
Deyse Felix
Enviado por Deyse Felix em 20/10/2010
Reeditado em 28/11/2016
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