Sono Profundo.

Bebeu vinho demais.

Tomou muita sopa de fubá.

Correu feito louco, quando louco corre.

Fez “arte” como só podia fazer.

Fez estripulias e berrou como criança, até que a noite veio..., sóbria, seca, pura..., com odores peculiares, odores dos acamados, dos calmos...

Mas acamado não queria ser; muito menos calmo; queria acelerar; viver acordado, dia e noite, por todo o sempre, sem saber que o todo e o sempre também tinham sua noite, seu dia e seu sono...

Dormiu um dia sem saber, um dia e uma noite, e mais outros dias e outras noites seguintes...

Até que um dia, era dia, sem saber, acordou anteontem, sobre uma cova rasa, cheio de moscas e desesperanças..., e percebeu que era tarde demais...

Era tarde...

O sono se aproximava...

Acelerava cada vez mais...

Enquanto o sangue correr “louco” em suas veias, faça valer!

Savok Onaitsirk, 19.01.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 20/01/2011
Código do texto: T2740365
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