Sono Profundo.
Bebeu vinho demais.
Tomou muita sopa de fubá.
Correu feito louco, quando louco corre.
Fez “arte” como só podia fazer.
Fez estripulias e berrou como criança, até que a noite veio..., sóbria, seca, pura..., com odores peculiares, odores dos acamados, dos calmos...
Mas acamado não queria ser; muito menos calmo; queria acelerar; viver acordado, dia e noite, por todo o sempre, sem saber que o todo e o sempre também tinham sua noite, seu dia e seu sono...
Dormiu um dia sem saber, um dia e uma noite, e mais outros dias e outras noites seguintes...
Até que um dia, era dia, sem saber, acordou anteontem, sobre uma cova rasa, cheio de moscas e desesperanças..., e percebeu que era tarde demais...
Era tarde...
O sono se aproximava...
Acelerava cada vez mais...
Enquanto o sangue correr “louco” em suas veias, faça valer!
Savok Onaitsirk, 19.01.11.