A Mansão dos Três Gatos PT 1
Era um dia de inverno. Um grupo de crianças brincava de vôlei na rua.Estava anoitecendo e Lili, uma das crianças se distraiu e a bola caiu lá naquele quintal que mais parecia um cemitério.
- Ótimo! Muito obrigada Lili!Disse Kátia furiosa.Você vai ter que pegar minha bola!
- Hei! Não precisa dar chilique não! Nós vamos lá buscar a bola.Disse Luckas interrompendo as duas que já brigavam.
- Então vamos logo antes que fique muito tarde! Disse Nany.Temos que buscar a bola.
- Temos que dar é no pé!Disse Nabille já correndo.
- Nabille! Espere, se você não for conosco vai ficar sozinha na rua porque seus pais saíram! Disse Nany segurando a amiga pelo capuz da blusa.
-Eu vou dar um jeito ficar aqui é que eu não vou!!
- Nós vamos ficar bem? Disse o pequeno Dani segurando na blusa da irmã Nany.
- Claro que vamos, nós só vamos entrar lá e buscar a nossa bola, depois vamos pra casa assistir televisão e tomar um delicioso chocolate quente da mamãe. Disse Nany pegando irmãozinho no colo.
- É aí que está. Como vamos entrar lá? Disse Kátia.
- Boa pergunta. Disse Luckas desanimado.
O portão abre num rugido de ferrugem.
- Vamos logo antes que escureça mais ainda, disse Nany já entrando com Dani no colo.
Assim eles entram no Jardim do Gato Preto, na opinião de todos, o mais assustador.
- Está cheio de bolas aqui! Como vamos encontrar a nossa? Disse Dani chorando.
- Não chore Dani. Vamos pegar uma bola qualquer e vamos dar o fora.Esse lugar já está me assustando.
O portão bate e uma corrente flutua do chão e tranca o portão.
- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!Todos gritam e entram dentro da mansão correndo.
- Eu quero minha mãe!!!Disse Dani num mar de lágrimas.
- Estão todos bem? Disse Luckas se levantando.
- Sim.Dizem todos.
- Perfeito! Estamos aqui sozinhos, sem comida, sem água, sem cobertor, sem travesseiro, sem cama, sem nada!
-Aqui é o Andar do Gato Cinza!Bem Vindos!Disse uma voz cavernosa, e continuou, não estão sozinhos. A cozinha fica no fim do corredor e há quartos em todos os lugares da casa. Espero que fiquem à vontade, pois terão de passar a noite aqui comigo.
- Cruzes! Eu já estou com medo! Disse Nany.
- Não se preocupem. Vamos dar um jeito de sair daqui ainda hoje.
- Fiquem mais um pouco, a casa é tão aconchegante e eu me sinto tão sozinho... Disse a voz numa súplica quase impossível de se recusar.
- “Ok” Sr. Fantasma, ficaremos aqui hoje!Disse Luckas cruzando os braços.
Continua.