ELE E ELA

Seria uma 20h45min. Eu caminhava a passos lentos pela rua deserta, naquela noite fria. Apressei os Passos a fim de chegar mais cedo em casa. Perto do prédio começou a chover. Parei um pouco para estiar. Não sei explicar, mas algo me indefinível me incomodava. Corri e cheguei ao prédio em que morava antigo, modesto, mas o aluguel era bom. Subi os cinco lances dos degraus, pus a chave na fechadura, abria porta, e estaquei, lívido... Ali estava no centro da sala...

Dias antes uma mulher chega ao prédio e chama muita atenção e é motivo de comentários entre os moradores por causa de sua aparência física. Ela era muito amiga do dono do prédio. Formada em DESIGN PRÉDIAL pediu para ver os seus apartamentos como eram. Após vê-los ela encantou-se por um deles, pediu para que pudesse observar mais um pouco a vista que a janela daquele apartamento lhe proporcionava, mesmo com medo do morador chegar deixou-a ficar e disse que não poderia demorar muito. Com a autorização do dono e maravilhada com a vista todo o final de tarde estava ela naquele apartamento para refletir. Sabia ela que não poderia ultrapassar das 20h00min. Isso se repetiu durante alguns dias.

Em um dia como qualquer outro estava lá ANA LUIZA, encostada na janela maravilhada com o que via, como todas às vezes. Enquanto chovia e sua paisagem era encoberta por milhares de gotas por segundo, Ana Luiza não percebia que as horas se avençavam, era mais de 20h30minh. Ana escuta um barulho, olha para o relógio e assusta-se com a hora e se apressa para sair logo, pois o morador estava prestes a chegar. Corre para pegar a bolsa que esta em cima do sofá que esta no centro da sala quando ouve um barulho desta vês de uma chave entrando na fechadura... A porta se abre...

PEDRO estacou lívido, ali estava no centro a sala, ANA LUIZA, ate então desconhecida pra ele pela sua fisionomia, mas, de beleza que o encantou, mesmo não se lembrando dela.

Como chegou lá? Era uma das duas perguntas que ele pensava naquela hora a outra é o que uma mulher tão linda como aquela estaria fazendo em seu apartamento, no cento de sua sala.

Mesmo com um pouco de medo, pois ela poderia estar armada, pensou ele, entrou e fechou a porta, pegou o celular e disse que iria ligar pro dono do prédio.

─ Por favor, não ligue, eu posso explicar!

─ Explicar o que? Que você esta invadindo meu apartamento?

─ Alo! Senhor Cloves?...

─ É sim, é sim eu posso explicar, disse ela.

─ É sim quem deseja.

Pedro parou. Olhou para aquela mulher e disse:

─ Senhor. Cloves gostaria de lhe informar que amanhã sairei mais cedo e que deixarei as chaves embaixo do tapete.

─ Tudo bem Sr. Pedro.

─ Obrigado e boa noite Sr. Cloves

─ Igualmente Sr. Pedro.

Pedro novamente olha para ela.

─ Explique-se agora, se é que podes! Podes?

─ Bem, boa noite, senhor...

─ Pedro, só Pedro.

─ Bem Sr. Pedro quer dizer Pedro me chama Ana Luiza e sou formada em Design Predial e o dono, Sr. Cloves, é um velho amigo de infância que quando soube que me formara a pouco, convidou-me para conhecer seu prédio e esse apartamento em especial me chamou muita atenção pela paisagem que daquela janela dá pra ver. Sou uma pessoa que aprendi a admirar paisagens. Teve um momento em minha vida que tive que perceber as coisas boas mesmo estando em meio a coisas ruins teve que fazer isso para esquecer algo.

ANA LUIZA, nome que encantou naquele momento. ANA LUIZA, nome de uma grande paixão, nome de uma pessoa que foi muito importante em um momento de sua vida e ao escutá-lo a fez lembrar-se de momentos bons vividos tempos atrás.

Mesmo tendo o nome de uma pessoa por quem ele foi apaixonado há muitos anos atrás, achou ainda, que pudesse ser mera coincidência.

─ Você mora onde?

─ A quatro quarteirões daqui!

─ E você? Os... Desculpa, pergunta besta. Você mora aqui NE!

─ O que te chamou tanta atenção nesta paisagem?

─ A forma onde ela esta localizada. Um local tão mal cuidado, mas que Ainda tem áreas onde podemos admirar.

─ Como consegue ver isso daqui?

─ È como eu lhe disse, aconteceu algo em minha vida que tive que perceber as coisas boas mesmo estando em meio a coisas ruins. Sou uma pessoa que aprendi a admirar paisagens. Teve um momento em minha vida que tive que perceber as coisas boas mesmo estando em meio a coisas ruins teve que fazer isso para esquecer algo.

─ Que algo era esse que tanto fez você mudar assim?

[[Ana Luiza... Haaaaaa Ana Luiza... Ana Luiza é uma mulher magnífica, linda encantadora que vivera uma relação com um rapaz. Rapaz esse que era um pouco seria inteligente e que gostava muito de Ana. Por motivos de ordem pessoal esta relação teve uma separação repentina, ele recebeu uma proposta de uma bolsa pra estudar em uma cidade um pouco longe e aceitou. Motivada pelo que foi sussurrado ao seu ouvido na ultima vez em que se abraçaram. Ana Luiza sempre escrevia, fazia questão de se corresponder com ele. Assim foi por um longo período de dias, acho que uma seis á sete meses. Após esse tempo, quando não recebia resposta às cartas eram devolvidas. Ela nunca desistiu.]].

─ Também fui apaixonado por uma garota no final de minha adolescência tive que de repente, abandoná-la para estudar em outra cidade em pouco distante.

Enquanto Pedro falava Ana Luiza estava com seus olhos a lacrimejar, achava que poderia estar diante do, agora homem, que muito procurou. Preferiu ficar esperar.

─ Nos correspondíamos disse Pedro, contudo, a casa em que morava era uma república e por causa de um acidente ele foi destruído, o fogo consumiu-a toda. Perdi livros e suas cartas só salvei alguns documentos. Mudamo-nos para outra casa longe daquela república e não recebi mais cartas dela. Pensei ate que ela tinha me esquecido.

Passado todo aquele susto e as coisas foram esclarecidos, Pedro olha à hora e nota que já se passará das 23h00min. Ele diz que tem que descansar e que vai trabalhar no outro dia e gostaria de conversar novamente com ela.

─ Você, se não estiver ocupada, poderia vir aqui amanhã à noite?

─ Sim claro, não vou fazer nada amanhã, venho sim.

Pedro não conseguiu pregar os olhos direito o mesmo aconteceu com Ana. Pedro e Ana passaram o dia pensando se seria apenas mera coincidência, e que coincidência... Ou se seriam o casal apaixonado há anos atrás. As horas se passaram depressa Ana Luiza se embeleza mais, se já chamava a atenção agora é que estava incrível. A fisionomia dos dois mudou muito, porém, o seu interior não. MAS E AI? Será que eles estarão predestinados a ficaram juntos? Ou serão só serão meros amigos? Dois destino uma escolha.

Tudo certo para que pudessem se encontrar. Pedro apressado contava os minutos para largar, infelizmente a pessoa que iria substituí-lo não poderia ir e ele teria que ficar de plantão. Sem ter como avisar a Ana ele a deixa esperando em frente a sua porta, Ana após uma hora de espera não agüenta e vai embora.

No dia seguinte como teve que cobrir a lacuna no trabalho folgaria naquela noite e sabendo que Ana era amiga de Senhor Cloves pediu a ele o número de seu telefone, e apressou-se para ligar. Foram como forma de se desculpar que a convidou para um jantar as 21h00min em um restaurante não muito longe do prédio.

A

na Luiza tinha aceitado o convite. Pedro desde as 16h00min que estava fora de casa. Ana liga para Pedro e pergunta se ele ira de casa para o jantar e ele responde que tem que resolver alguns problemas ainda e que após resolvê-los iria ao jantar disse ainda que não passasse em casa, iria direto. Ás 20h30min chegava Pedro ao restaurante, com a mesa já reservada ele seguiu para esperá-la. O restaurante era simples, tinha um serviço de boa qualidade, conforto e trazia bem estar aos seus clientes. Seriam umas 21h20min quando pela ultima vez olha o relógio e o seu telefone toca. É Ana Luiza... Ele para. Olha para o celular. Respira fundo e atende:

─ ALO!

─ Oi Pedro!!! Ana Luiza desculpa, mas ocorreu um imprevisto e não posso comparecer, mil desculpas. Espero que entenda, não fiz por mal.

─ Tudo bem Ana, não tem problema.

Pedro sai do restaurante pensando que ela teria feito aquilo de propósito, que ela não queria ir jantar com ele ou ainda que tudo fosse verdade. Chagando ao prédio subi os cinco lances dos degraus, pus a chave na fechadura, abria porta, e estaquei lívido... Ali estava... ANA LUIZA linda, com um vestido branco longo encostado na janela, uma mesa na sala com velas e um belo jantar. Fiquei surpreso ao ver que ela tinha feito isso. Passamos uma noite maravilhosa melhor do que se tivéssemos nos restaurante.

Eles descobriram que eram aqueles dois apaixonados de infância, os dois que se separaram e que agora estavam juntos novamente para continuar de onde parou. Passaram a noite toda recordando o passado e falando de como eles estavam diferentes.

Ana disse que tinha que passar três dias fora da cidade. E que não demorava a retornar e que quando se retorna iriam ficar juntos definitivamente. No dia seguinte Ana parte para a outra cidade contando os segundos da sua volta.

Pedro já no trabalho recebe a noticia que vai ser transferido no outro dia para uma cidade bem distante. Fica pasmo, ele não acredita no que estava escutando... Como ele iria avisar a Ana? Era o que mais ele pensava.

No dia seguinte pegou suas coisas e partiu. Deixou com Senhor Cloves algo para Ana Luiza. E disse:

“─ Antes de ela abrir diga que eu jamais esquecerei e nem desistirei.” Depois disso saiu apressado em direção ao carro da empresa e partiu.

Ansiosa e Louca para ver Pedro, Ana Luiza chega e vai direto ao apartamento dele, BATE... BATE... BATE... E ninguém atende... Vai falar com Senhor Cloves e ele lhe explica tudo e entrega a ela o que Pedro tinha deixado...

Pedro tinha Três chaves. Ela vai em direção do apartamento, com a primeira tenta e consegue abrir a porta da frente, após procurar, o mesmo faz com a segunda, abre a porta do quarto. Antes como tinha pedido Pedro, fala Sr. Cloves: ” ─ Eu jamais esquecerei e nem desistirei.”. E por fim a terceira chave é colocada, meio que com medo e tremendo, dentro da fechadura de uma gaveta que estava numa mesa de cabeceira ao lado da cama.

ANA LUIZA estaca, lívida, ali estava no centro da Gaveta...