Como fosse Prostituta...!

Não dá! Não dá mais!

Não suportava mais, senti-lo dentro dela.

Não era o seu amor.

Durante muito tempo mentiu a si mesma.

Agora, era como se a tivesse invadindo, usurpando seu corpo.

Não suportava mais.

Por algum tempo, enganava-se pensando em como ele era bom para ela, como tinha sorte de ter ao lado uma pessoa tão companheira, tão amiga. Como um irmão.

Mas, irmãos não fazem sexo, não vivem como marido e mulher, não são casados.

Desde que o vira, sentimentos assim cresciam cada vez mais dentro dela.

Estava como que sufocando. Chorava sem razão, irritava-se à toa, insônias constantes. Dizia ser menopausa, que estava próxima.

Os beijos dele, não deveria ter permitido que a beijasse, não conseguia tirar dos seus lábios, a lembrança do sabor dos dele.

Sentia o toque de seu companheiro como o de um estranho. Aceitar seus carinhos e seus beijos, fazia-a como que prostituta.

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Isidoro Machado
Enviado por Isidoro Machado em 13/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2790042
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