A BESTA PARIU O POTRO, QUE DEPOIS VIROU CAVALO

Uma potranca viçosa, de pelo fino e delgada,

Que fora sendo criada para ser reprodutora,

Como fosse professora seguia sua rotina,

Diferente das meninas aqui no mundo animal,

Virgindade não é prenda mais se evita contendas,

Com a tal zoofilia o cavalo não inicia sua sexualidade,

Praticando crueldades com éguas fora do cio,

E nem tem código civil para ser obedecido,

Este rito é seguido pelo cheiro exalado,

Pelo animal preparado para o coito permitido,

Sem que seja preterido aquele menos bonito,

O que importa é o viço e não a beleza plástica,

Mas se algum desavisado der uma de engraçado,

E quiser forçar o evento leva uma surra danada,

E nunca mais tentará infringir o regulamento,

Aqui tem hierarquia e vai mudando de postos,

A potranca vira besta, o potro vira cavalo,

A depender da idade e suas capacidades,

Em potencia e disposição para trabalhar então,

Alem de reproduzir a sociedade aqui,

Tem objetivos claros a besta pariu o potro,

Que depois virou cavalo, e abandonou a mãe,

Pois este gesto estranho tanto aqui quanto nos homens,

São perfeitos e legítimos as pessoas proferem gritos,

Os animais se impacientam mostrando sua tristeza,

Mas não há outra saída para os dons da natureza,

Agora é cada um por si, sem tempo para tristezas.