O PRINCIPE DE CAVALO BRANCO É VOCÊ VIII (A VIDA DE HELENA)

Ricardo era um jovem alto, moreno de olhos esverdeados, mas com a alma envelhecida. Suas concepções sempre foram voltadas ao conhecimento, tinha medo que algum tipo de emoção viesse a intervir em sua intelectualidade.

Portanto em sua vida, as paixões eram passageiras, ele mesmo admitia, gostava de se apaixonar, mas quando via que o sentimento crescia ele se trancava.

Desafiava os seus próprios limites, mas com Helena era diferente, sabia que se fosse além não iria conseguir o total controle, pois ela era uma mulher instigante, e difícil de ser controlada.

Na verdade os dois eram praticamente iguais, nunca mergulhavam de cabeça em alguma situação, principalmente quando se tratava de algo desconhecido.

Como já era noite, Ricardo preferiu dar uma saída, pegou sua moto estilo Harley Davidson, e direcionou-se a um pequeno bar café que ficava do outro lado da ponte, não muito longe dali.

A estrada estava lisa, só via os grandes holofotes iluminando e uma leve garoa que descia suavemente. Ricardo vestido com sua jaqueta de couro “Pierre Cardim”, vira a silhueta de uma linda jovem na beira da ponte, que estava admirando as águas pouco iluminadas que corriam vorazmente.

Quando retomando o olhar para a pista, viu-se entre dois faróis que o cegaram e nada mais viu naquele instante.

Helena ouviu o barulho, virou-se e logo adiante viu aquele moço caído precisando de ajuda. Quando se aproximou não hesitou em fazer os primeiros socorros, que havia aprendido durante um breve treinamento em sua empresa.

Ficou todo o tempo reanimando aquele jovem, até a chegada da emergência, e o acompanhou até o hospital.

Helena não fazia idéia quem seria aquele moço, estava assustada demais para fazer qualquer suposição e jamais iria imaginar quem ele seria. Estava ansiosa em saber qual era o estado que ele se encontrava, pois por um instante achou que ele morreria em seus braços.

Os obter a notícia de que o quadro estava estabilizado, sua alma amenizou e voltou para casa.

Ao chegar viu o olhar assustado de Raphaela lhe perguntando o que aconteceu. Pois havia sangue em sua roupa e em suas mãos, nem se preocupara em lava-las pois estava ainda entorpecida com o que havia presenciado.

Sentou-se ofegante diante da mesa e contou o que havia se passado para Raphaela, mas não com todos os detalhes, para não assustar a menina.

Marischurr
Enviado por Marischurr em 03/04/2011
Código do texto: T2887456
Classificação de conteúdo: seguro