O PRINCIPE DE CAVALO BRANCO É VOCÊ (PARTE X - A VIDA DE HELENA)
Passaram-se alguns dias, e restaram apenas as lembranças e a história para contar. Havia ligado novamente para o hospital, mas Ricardo já havia tido alta, não havia mais o que fazer, era tarde demais.
Não sabia onde encontrá-lo e nem mesmo quem ele era. Cavalo Br@anco havia também sumido, Helena estava se conformando de que tudo não tinha apenas passado de uma ilusão.
Suas unhas marcavam ritmos na mesa, enquanto o jantar era aquecido no micro ondas, até o momento que seu telefone tocou.
- Alô!
- Olá, - uma voz nitidamente enfraquecida respondeu.
-Olá, quem está falando?
- Aqui é o Ricardo, gostaria de agradecê-la pelo que fez. Como eu posso vê-la?
Neste instante Helena não sabia o que responder, seu coração bateu descompassadamente e não acreditava no que estava ouvindo.
- É o Ri.. Ricardo? Aquele moço do acidente? – respondeu tentando disfarçar a sua surpresa.
- Sim, Sim... Gostaria muito de agradecê-la, mas ainda estou me recuperando, não gostaria de vir me fazer uma visita?
- Claro... onde é? Helena respondeu rapidamente.
No centro médico, antes de Ricardo sair, ficou sabendo que foi salvo por uma linda jovem. Ele imaginava que fosse a jovem a qual viu na ponte, mas não tinha certeza. Gostaria de conhecê-la e estava deveras agradecido pelo que ela fez por ele, mesmo sem o conhecer.
Depois daquele dia, seus olhos estavam turvos, e não conseguia acessar o computador, imaginou como estaria Helena, preocupada com sua ausência. Por mais que quisesse, não conseguia disfarçar o fascínio por ela.
“Pena que não pedi uma foto, gostaria de ter apenas uma lembrança dela”, lamentou em seus pensamentos. Não imaginava como ela seria, mas sabia que desejava conhecê-la, ela o desafiava, talvez fosse a primeira pessoa que Ricardo não havia conseguido jogar.
Seu jogo era manipular, e fazer com que se apaixonassem por ele, afinal ele era encantador, escritor e com belas poesias, conquistava fãs, e várias admiradoras, mas com Helena era diferente, ela não caia em suas armadilhas e lhe escapava das mãos. Imaginava se ele estava aguardando-o, ainda. Não conseguia ler seus pensamentos, Helena era diferente, e não conseguia entende-la.