HÁ TEMPO PRA TUDO, DEBAIXO DA LUA ...
HÁ TEMPO PRA TUDO, DEBAIXO DA LUA... ...e com Beatriz não seria diferente.
Desde a separação, sem, portanto, divulgar os motivos, pois não é da sua índole explicar o inexplicável, “uma parenta, “Madalena", prima de 2º grau, mas de muita consideração, abordava-a sempre, pra ver se captaria alguma coisa.
Todos os domingos à noite, depois da missa, religiosamente, Beatriz vai fazer uma frugal refeição, num local apreciado por grande parte da sociedade, conversar um pouco com os amigos e contemplar o Céu Estrelado e a Prateada Lua, visto ser o Nordeste, palco de tão belo espetáculo.
Sempre... sempre, essa prima chegava, acompanhada do “esposo”, e dava o ar da graça com uma certa impiedade.
Beatriz, mulher perspicaz, cautelosa e muito tolerante, respondia com evasivas, às maldosas perguntas que Madalena lhe fazia, dentre essas alguma coisa referente à poesia e à música, visto ser Beatriz, compositora, poetisa e apaixonada por essas coisas que só os espíritos superiores alcançam.
_ Pra quem fez isso?... Pra quem fez aquilo?... e assim por diante.
Madalena queria à força, penetrar num mundo onde nem Beatriz procurava entender de onde surgem suas inspirações.
Escreve o que dita o coração.
Convém salientar que Madalena, ultimamente não podia ver Beatriz de braços abertos...
pois logo queria crucificá-la, dizendo que nunca entendera essa separação, condenando-a impiedosamente, e usando de uma certa benevolência para com o ex-marido de Beatriz.
Como o destino, às vezes, resolve dar uma forcinha, nesta bela noite de domingo, Beatriz e o ex-marido encontram-se casualmente.
Estão muito à vontade, saboreando os mais apetitosos dos petiscos, e degustando um CHIVAS REGAL, WHESKY de sua preferência, e ainda por cima com água de coco “filtrada”.
(Água de coco, filtrada, simboliza peito lavado. Resposta aos curiosos)
Quem chega?
Madalena com o esposo.
Homem discreto e muito gentil.
Aproximam-se da mesa onde Beatriz e o companheiro conversam, "indiferentes a tudo e a todos", numa atitude de quem nada, além deles, importa.
Conversa vai... conversa vem...
De repente surge a prima e pergunta:
_ Ué, vocês não são separados?
_ Sim. Respondeu Beatriz. _ Mas também muito amigos.
Ou seja:
“O diâmetro da mesma medalha”
(!i!)
O final dessa história, caros leitores, quem ama, deduz!
Geneci Almeida
07:06:11