O ralo da Fazendinha

Gamba andava agitado, mas agitado que o normal, se é que poderia ser considerado como sendo um elemento normal. A agitação ocorria por dois motivos, primeiro pela falta de alimentos no mocó. Gamba andava com o saco cheio de ter que sair todos os dias para buscar restolhos, e segundo pelo aumento do esgosto na Fazendinha.

O número de elementos mocozados na Fazendinha havia aumentado e todos sabiam disso. Em cada barraco surgiram novos elementos sem qualquer tipo de controle.

Mas, Gamba apesar de saber destes fatos, mas como era de seu costume, tentava maquiar os fatos, e começo a dizer que estaria ocorrendo algum problema na fossa da Fazendinha.

Apesar de ser do baixo clero, e tentando puxar o saco, se fosse tirar uma foto ele apareceria pendurado com as duas patas, de seus manipuladores, Gamba pediu para que conhecidos fossem verificar a fossa do local.

Como era de se esperar nenhum problema foi encontrado, e todos já sabiam disso. O problema eram os elementos mocozados que estavam sugando o local em razão de seu comportamento predatório.

Na realidade, ninguém levava a sério Gamba com suas alucinações, pois corria boca pequena que Gamba não passava de um inocente útil, que tentava transferir as suas frustrações e recalques para os outros.

O único problema da localidade era o aumento do número de elementos mocozados que contribuiam apenas para o aumento do esgoto, mas quanto a estes fatos Gamba fazia vista grosso para agradar seus mentores.

Gamba não percebia, mas enquanto ele fazia um papel rídiculo seus mentores estavam numa boa, curtindo o dia-dia-dia, e pouco se lixando para ele Gamba e suas correrias.

Assim a vida seguia na Fazendinha, com os vários elementos mocozados, e a única coisa certa eram as correrias de Gamba na busca de sua sobrevidência e a sua prática de puxa saco oficial da localidade.

Proibida a reprodução no todo ou em parte sem citar a fonte em atendimento a lei federal que cuida dos direitos autorais no Brasil.