O brinquedo

Talvez fosse um objeto em distante olhar. Talvez me olhasse como se não fôssemos os únicos dentro daquela cidade, fechada, obscurecida pelos raios minguantes do sol a se pôr. Talvez nem me olhasse, mas, então, por que eu o olhava. As horas passam ... Passam vários pássaros em bando que se assustam com os fogos de artifício. Enfim, descansou-me da vista o que me olhava, tal objeto de inúmeras dúvidas. A cidade foi se fechando, como se uma cortina nos revelasse a noite. As luas lá fora iam sendo desligadas e as estrelas se apagando. A noite descia. Nenhum objeto a vista, agora, nada, só o silêncio. A cortina se fecha completamente. Nenhum objeto a vista, agora. A porta se fechou depois que ele saiu dali.

Valdemar Neto
Enviado por Valdemar Neto em 03/07/2011
Código do texto: T3073565
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