Calango de Teto.
Vejo um calango quieto na quina do teto. Ele me olha e eu olho pra ele. Ele foge, não sei mais onde.
Era um calango amarelo, camuflado pela tinta da parede, meio acinzentado de tão velho.
Sua perna traseira era cocha e sua vida mental totalmente diminuta, mas quem disse que ele com isso estava se importando?!
Era mais um calango e queria apenas viver sua curta vida de calango, andando, zanzando pelos tetos, bueiros, cantos, becos, procurando comida pra viver o quando mais, não se importando, um calango, apenas...
Savok Onaitsirk, 11.08.11.