Calango de Teto.

Vejo um calango quieto na quina do teto. Ele me olha e eu olho pra ele. Ele foge, não sei mais onde.

Era um calango amarelo, camuflado pela tinta da parede, meio acinzentado de tão velho.

Sua perna traseira era cocha e sua vida mental totalmente diminuta, mas quem disse que ele com isso estava se importando?!

Era mais um calango e queria apenas viver sua curta vida de calango, andando, zanzando pelos tetos, bueiros, cantos, becos, procurando comida pra viver o quando mais, não se importando, um calango, apenas...

Savok Onaitsirk, 11.08.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 11/08/2011
Código do texto: T3154295
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