Tensão sexual

E foi ai que pareceu Janete, que moreninha deliciosa, riso bonita, iluminada de alegria. Começou a trabalhar no escritório há pouco tempo, foi encarregada

De lhe servir os documentos e cafés pela parte da tarde, depois que a secretária geral do andar, ia embora. Ele sempre ficava até mais tarde. Entrava como se tivesse Em sua casa.

Boa tarde, Doutor, ele levantava a cabeça, queria fazer o gesto

Generoso como ela. Vinha-lhe pouco. Apenas levantava a cabeça e acenava com os olhos. O Senhor já quer tomar o seu café? Em alguns minutos estava ela de volta, com uma bandeja tomada de torradas e doces, arrumado de forma mesmo a agradar...Ele via a bandeja. Se prendia ao computador, mas não podia deixar de notar as curvas de Janete, que usava calças leves, colada rente corpo, peitos pequenos, mas com bicos firmes e apontados, quebrando a harmonia do olhar. Estou lá na frente, se o senhor precisar de mais alguma coisa. Por cima do ombro de Janete via a ante-sala, vazia, todos foram embora.

Somente ele e aquela mulher, de corpo excitante e de alegria generosa que há muito não via. Ele acanhado não sabia como se portar. Era seu trabalho

E queria manter sua forma, sua autoridade. Mas de verdade mesmo. gostaria mesmo é vê-la nua no seu colo, uma menina de corpo moreno e tremulo

lhe festejando em perversões. Desculpe doutor, estou fazendo um chazinho, aceita? camomila, acalma, viu! Aceita... Ele dizia que sim, e de novo Janete voltava, e começava em sua cabeça dois momentos, o ritual formal do trabalho e a dança de desejos escondidos, de segredos guardados, embaixo da roupa e da moral.

Dona Janete, a senhora poderia vim aqui? Ela vinha rápido, um foguete, não precisa me chamar de senhora, doutor, só tenho 21 anos, fico até constrangida.

Me desculpe, formalidades do trabalho. Não a conhecia direito. Ela dizia que não se preocupasse, naquela hora só estava os dois. Seu coração quase veio pela boca, porque ela estava dizendo isso. Com certeza queria alguma coisa. Se fosse mulher comprometida ficaria na dela, como faria pra perguntar se tinha alguém, sair da formalidade, da relação monótona que marcava todo o seu dia.

Abriu a gaveta pegou uns papéis velhos, anotações antigas sem utilidades, e de forma cruel derramou o chá sobre a mesa, e um pouco em sua camisa, abriu a porta fazendo cara de menino desajeitado. Janete! Som mais firme, de jovem. Viu ali que a intimidade começava a se dar forma. Poderia trazer um paninho? Fiz besteiras, estraguei uns papeis importantes. Ele sentou em sua cadeira. Queria assistir a nova funcionária lhe servindo, cuidando de suas necessidades.

Ela passava o pano na mesa tão devagar. Não queria nunca terminar de limpar. Cada gota era absorvida com morosidade de gratidão, ele na cadeira olhando suas costas envergada, querendo alcançar uma gota que fugiu dos restos, que caiu longe. Pensou com ele mesmo: Nem quis ser tão perfeito. Viu por baixo de sua blusinha o contorno externo do peitinho e mais uma vez sentiu um frio. Depois da mesa, a camisa, tentou passar o pano no bolso, impedido por ele. Seria demais, tenho que me manter. Pode deixar, vou embora daqui a pouco e não vou passar em lugar algum. Sua vontade era pedir um garrafa de café e inundar tudo, os papéis, a mesa, ele próprio, e sentir

a demora relaxada daquelas mãos morenas cobrindo sua pele, limpando tudo com aqueles dedinhos.

Tem como a senhora vim no sábado? Tenho muita coisa pra fazer, não queria,

Mas preciso terminar. Claro, Doutor Francisco! Posso vim tanto sábado ou domingo, basta precisar, gosto de trabalhar aqui. Não me chame de doutor, só tem nós dois aqui, não precisa, não essa hora, não vejo necessidade. Ah, se o senhor que assim...Ele interveio cheio de olhar, me chame de você, Janete. Ela abaixou as vistas, perdeu-se na chão, ficou tímida, sem repertório, se não fosse morena estaria vermelha de contente.

No sábado passou o dia inteiro sem nada pra fazer. Sentado olhando para os papeis espelhados na mesa, todos em branco, sua bunda doía de impaciência, já tinha pedido café, chá, torradas, almoço, documentos. Sua vontade era colocar uma cadeira do seu lado e passar o resto do dia do lado dela, conversando e descobrindo de onde vinha o brilho da moreninha, como podia ser tão bela dentro daquela simplicidade. Nada de afetação, verdadeira, os olhos brilhantes, a sala era toda reconstruída em sua íris. De onde veio essa menina. Era casada, tinha família. Era sozinha. Sairia com ele? Como faria pra se adiantar. Queria mais. O que tinha era pouco, não queria apenas o coração palpitar, queria ver estrelas, tocar todo o corpo dela, suas costas, sua vozinha de cristal, estilhaçando em seus ouvidos. Essa morena estava ardendo no seu peito.

Janete, que horas você precisa embora. Ah, Francisco, toda embaraçada, sem equilíbrio na intimidade, posso ficar quanto tempo quiser, não tenho hora de voltar pra casa. Vai ficar até mais tarde? Bom, daqui a pouco digo quanto tempo vou precisar. Ela saiu. No caminho até a porta sua bunda foi acompanhada por cima dos óculos. Que bundinha deliciosa, pensou, falou isso e tocou sua parte do corpo. Um tremor lhe subiu pelas pernas até fixar na região da cintura, uma coceira em frenesi.

Foi tomando de uma impaciência, um desejo destemido e preso no mesmo instante, andava pela sala de forma desordenada. Foi até o banheiro, olho-se no espelho, no sanitário, fixou o olhar no pênis ereto, pronto pra seguir adiante, toma-la nos braços. Ah, lembrou do que estava incomodando, o perfume barato, mas estranhamente gostoso nela, tudo nela era gostoso, tudo nela vibrava, tinha gosto de frutas maduras, pronto para serem colhidas, degustadas, lamber o sumo que escapasse entre os dedos. Estava enlouquecendo de desejo.

Dona Janete, Janete, Janetinha, Jane, Jan, já, JJJJJ. Descobriu que os lábios não eram usados em seu nome. Forçou pra não entender aquilo como um sinal, como uma negativa do universo. Que se foda o universo! Acrescentou: Minha Janete. Pra ter o m de meu, de minha, lábios pegando no outro,

Explodindo a vogal presa. Pensou essa vogal, forçando as entradas até que ela ceda e o som tome pouso naquela bunda, redonda. Puta merda, falou alto, muito alto. Algum problema, doutor? Nada, errei um documento.. Que filha da puta gostosa! Chamaria Janete de novo no domingo...