O amor que não dei.

Ontem juiz sentenciou que não éramos mais marido e mulher. Ele tem o poder de decretar a separação no papel, mas não que ‘estávamos separados’, quando muito, que você estava de mim separada, pois ele não pode interferir em meus sentimentos.

Você do fórum já seguiu para sua nova morada e eu voltei para aquela que era nossa casa, mas não era nosso lar, pois a casa se constrói com tijolos e lar com amor, carinho e afeição, o que não lhe dei. E por isto você se foi. Neste instante que pude perceber o quanto te amo, do que não havia, até então, dado conta.

Vaguei o dia todo pela casa e chegando a noite pude perceber o que era solidão.

Na cama tateei onde você se deitava, na esperança de te encontrar, mas foi em vão, você não estava ali, pois cumpria à risca de que não me devia mais carinho, convivência e fidelidade.

Agora, somente agora, nesta solidão, no silêncio e frio de minha alma posso ver quanto descuidei de nosso amor.

Mas agora é tarde, o tempo passou e já não o podemos recuperar, você já não é mais minha mulher, mas é meu amor, o que somente agora compreendo, separou você de mim, mas não eu de você, ao contrário, me faz viver-te intensamente.

Passou um dia e muitos outros virão até que o ‘relógio da minha vida’ dê a badalada final e, somente neste instante, na Terra, deixarei de te amar, pois como creio na eternidade, para lá levarei este sentimento.

Vou lhe fazer um pedido, embora o veja inacolhível: Espero que possa reconhecer o quanto fui infeliz em não te reconhecer como minha amada e que volte para juntos sermos felizes.
Brasilino Neto
Enviado por Brasilino Neto em 09/09/2011
Reeditado em 03/05/2013
Código do texto: T3208994
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