Para a mãe Terra ("Terra", no nome original no blogue.)

Uma grande força chama, de além da imaginação, os mais inesperados e os mais fortes, todos numa jornada, cada qual com sua raça ou em sua solidão, numa jornada épica por suas próprias vidas. Uma jornada empregada com suas próprias forças, coragem e anseio por mais um sopro de vida, mantida por aqueles que ouvem e tem o dever de nesta terra se manter e sobreviver.

Guiados pelo Sol ou pela Lua, nas águas ou ares, pelas terras ou seus amores. Aos que sobreviverem um dia irão ver, agora quem chama está doente, sua cura tarda, mas é visível e logo virá, pois as feridas que o filho negligente traz em breve haverão de parar e a sua longa paz irá reinar.

Tua voz ainda chama, tua carne ainda dá o sinal, mas esse filho que se acha independente perdeu seu coração e assim não pode ouvir o lamento de tua tristeza ou de sua dor, a ira que desencadeias finalmente conseguiram entender e no desespero os que se tornaram conscientes tentam te ajudar, "-nunca é tarde de mais para agir ao invés de sentar e rezar-", o tempo está correndo, será que ainda pode os perdoar? Como uma mãe que de seus filhos jamais quer se afastar?

As feridas param de doer e as marcas, suas cicatrizes sempre ali para lembrar da fúria daqueles que contra eles mesmos tentaram acabar, por vontade de domino e poder ou por insensatez de querer deixar de ser aquilo que ele mesmo é. Mas o tempo sempre está correndo contra aqueles que acabaram por te machucar. Mas continuas a chamar e teus filhos continuam a aceitar a luta pela sobrevivência pois sabem que és perfeita e evoca por si só dom de se curar e transformar, Abençoada Mãe Terra, tocada pelo espírito da Natureza, continue o chamado pois seus filhos jamais irão te abandonar.