O Viajante

Agora se pode ver, a tristeza que nasceu em teus olhos

a prova de que o homem sempre viveu na tristeza pelo teu amor

Ela partiu e ele ficou sem saber para onde ir,

e começou sua caçada através da dor.

Crusador do tempo, milênios de um sonho desesperador

pelo tempo e espaço seguindo o rastro do amor que se perdeu

pelos mundos passou e todos os povos encontrou

de seu destino se dispersou por compaixão e um novo destino (ou motivo) nasceu

Não podia mais ver os povos morrer e com o grande arquiteto resolveu ir ter.

Com o dom de atravessar a linha do tempos, impedir o fim com seu poder

Pobre homem que sente dor e que pelo tempo ou tragédia, não tem fim.

E no fundo de seu coração ouviu sussurrar, o verdadeiro motivo de sua jornada,

a morte pelas mãos de seu criador encontrar e por aquilo que se perdeu

[não mais precisar chorar

Navegou o rio das estrelas e de mundo em mundo mergulhou,

tempos e os povos que encontrou e por eles se feriu

no destino deles se colocou e no fim interferiu e os salvou.

Orgulhoso se tornou e a dor pouco se dissipou e pela primeira vez

[sorriu

O grande arquiteto se irritou, um homem interferiu no destino que criou

E contra ele então tramou e um mensageiro enviou

"Apenas na morte encrontrará o teu amor"

E para cumprir seu destino através do universo resolveu partir

engajado na jornada para contra o arquiteto investir

um dia finalmente encontou, no limiar do universo

o palácio do grande criador.

Contra o arquiteto batalhou e contra ele seu poder falhou

caiu por dez vezes e após a ultima levantou e falou:

"com flecha de fogo vare meu coração e queime minh'alma,

permita-me ver meu amor."

O arquiteto riu uma vez riu, seu divino arco brandiu

e com uma flecha de fogo o atacou.

Para si então tudo escureceu, dor ele nenhuma sentiu.

Num campo largo dispertou.

Olhando para o céu reparou pela primeira vez, aquilo que sempre viu

qual bonitas eram as estrelas e os planetas que ali se mostravam para ele

um arrepio o percorreu quando uma doce voz ouviu.

Lenvantado ao longe observou a forma que jamais iria esquecer.

Em seus, braços seu amor então pegou, pois com bravura foi para aquilo que lutou

todos os desafios que enfrentou, nenhum mais duro foi do que a distancia de seu amor.

Em dez mil anos de caçada e dor, finalmente tudo cessou.

Com seu amor para sempre ficou e nunca mais houve em seus caminhos nenhum pavor.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 12/10/2011
Reeditado em 12/10/2011
Código do texto: T3271449
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