PALHAÇOS INCISIVOS.

O meu olhar na escuridão, penetra fundo no infinito,

Enxerga as coisas sem soluções, busca uma fuga sem palpites,

É bom pensar sem ser cobrado, e jogar fora os mesmos ditos,

Saindo a frente do que se inveja, antecipando o indefinível,

Sejam as mascaras não convincentes, ou os palhaços incisivos,

Seremos todos massacrados, sem um julgar definitivo,

Uns poucos buscam suas penitencias, e a refração será sentida,

As punições serão em blocos, as salvações mais dirigidas,

Somente um facho de intensa luz, nos levará a nova vida,

Não findam os tempos nem há um complô,

É uma questão mais distinguida, a mesquinhez, faz seus horrores,

Morrem os corpos, nascem os espíritos,

Desfaz-se o ciclo em andamento, mudam as forças dos movimentos.

Cada descrente monta sua sumula, entrega em vida seu desalento,

Mas no ocupar da sua tumba, recebe o seu nivelamento,

Para fazer um omelete dos mais recônditos maus pensamentos,

E adubar sua vitória por desfazer-se plenamente,

Das amarras de uma matéria, conflitante e aventureira,

Pegando a luz do renascer, e se entregando ao sacramento.

Chegou agora!, o esperado momento.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 19/10/2011
Código do texto: T3285058