Perversão

Quando ela chegar você me avisa. Mas e se ela não chegar. Nunca dava pra saber quando Fernanda voltava pra casa. E Minha mãe queria morrer. Ainda mais depois que descobriu em sua bolsa uma caixa de camisinha. Enfiou na cara dela e disse que não aceitava aquilo, porque ela só tinha quinze anos, e não estava na hora de tanta sem-vergonhice. Já bastava minha outra irmã que se perdeu muito cedo e deixou um menino pra ela cuidar. A gente não sabe o paradeiro dela, só sabemos que está em são Paulo e cada vez que manda um carta é de um endereço diferente. Isso deixou minha mãe muito assustada com nossa irmã mais novo. Mas Fernanda jurou que não era dela, era de uma amiga que pediu pra esconder da mãe. Mesmo assim minha mãe tomou e deixou vários dias sem sair de casa. Mas eu sabia a verdade. Eu sabia que Fernanda estava saindo com nosso vizinho casado. E falou pediu que jurasse que não contasse pra minha mãe. Me disse que estava apaixonada e que ele prometeu deixar a mulher. Lembrei pra ela que ele tinha cinco filhos e nunca deixaria a mulher pra ficar com ela. Ainda mais sabendo que era uma criaçã, dizia que não era criança e estava tranqüila porque soube que minha vó se casou com treze anos. Não via problemas na diferença de idade. Ele parece um velho perto de você, já viu o tamanho da barriga dele: respondia que ele era lindo e que seus olhos via alguém muito especial. Mas eu disse na cara dela que ia contar pra minha mãe. Ela me pediu pelo amor de deus que deixasse ela quieta que estava fazendo mal pra ninguém. Foi ai que tive a idéia de tirar proveito da situação. Pensei um pouco, tive até um pouco de culpa, mas idéia foi ficando tão excitante que propus pra ela o que ela me daria se eu não contasse. “eu não tenho nada pra te dar”. Tem sim, você pode fazer alguns favores pra mim, coisa pequena. Te peço de vez em quando alguma coisa e você faz pra e deixo você ter sua aventura, prometo que não conto pra minha mãe. Ou melhor não conto pro meu pai. Nesse caso ele se assustou porque nem nos piores momentos nem minha mãe contaria algo assim pro meu pai, porque ele era grosso inconseqüente. Quando minha outra irmã engravidou ela bateu tanto nela que a coitada ficou vários dias de cama com hematomas, sem falar na vergonha porque ele todo dia alugava ela com mesmo assunto. Quase que ela enlouqueceu. Imagino que foi por isso que ela foi embora...

A contragosto acabou concordando. Pra mim o fato dela estar saindo com o vizinho não me importava, não estava nem ai pra isso. Tinha as minhas preocupações que já me bastava. Todos os dias minha pegava sua bolsa, abria todos os zíper procurando vestígio de alguma traquinagem dela. apontava o dedo pra sua cara e repetia um sermão enorme quando meu pai estava em casa falava baixinho quase cuspindo na cara dela. no começo pedia coisas bobas, como pegar meu chinelo, ou a toalha que deixei no banheiro. Depois pedia pra dar um jeito nos meus sapatos, ou comprar alguma bebida pra mim no bar de seu Antonio. Ela fazia a força, mas via o medo em seus olhos, via como seu fala entristecia quando tentava me dar alguma resposta negativa. Logo depois aquilo já me contentava. Um prazer foi tomando conta de mim. Foi quando uma noite ela chegou. Vi que ela saltou a cerca do quintal, saindo da casa dele. Eu esperava de madrugada na cozinha. Quando ela entrou eu acendi a luz. Dei uma risada curta pra ela. Me olhou com se visse uma grande ameaça. Entrou no banheiro e tomava banho. Quando bati a na porta. Ela abriu apenas um risco. Aparecia apenas seus olhos ainda assustados. Perguntei se já tinha começado. Por que? Nada não. Um desejo forte de pedir alguma coisa pra ela. Não era pegar os sapatos ou preparar meus lanche escola, queria algo diferente, que não soube dizer. Na saída assustada passou pela sala e entrou em seu quarto. Entrei atrás dela e falei, deixa eu te vesti? Soprando no silencio: “ta louco imbecil”. Quer que conte? Quer que mostre pro mau pai que ele está sendo de novo passado pra trás. Traindo? Enganado? Não precisa ser hoje, mas pense no que estou te propondo, ou você obedece nosso acordo, ou vou ter que contar tudo que sei. Lembra como ele bateu na Nicole, lembra como ela foi embora envergonhada? Sai daqui. Estou saindo mas amanha a gente conversa...

Nunca tinha reparado na minha irmã como depois que descobri que ela já era mulher. Perto do que ela estava fazendo. Trepando com um homem casado, saindo no meio da noite pelos fundos,desagradando meu pai e minha mãe, colocando de novo nossa família em risco, o que eu queria não era nada. Isso me aliviava. Uma estranha força foi me dominando, eu queria a todo custo ver seus corpo, tocar, sentir bem perto a sua temperatura. Sabe como se vestia, a cor de sua calcinha. Se tinha rendas. Se seus seios eram da cor de sua pele, se tinha bicos como da minha outra irmã, que vi nua tantas vezes quando era pequeno. Além do mais isso pra ela não se mostrou muito importante porque continuou saindo com o filho da puta do vizinho. Isso me deixou com raiva. O que era apenas um provocação me ganhando ares passionais, um ciúmes que não tinha antes começou a aparecer. Eu nunca havia reparado no corpo dela, na curva, no jeito safado que olho mexia, no andar cheio de provocação. Um dia peguei ela saindo bem tarde da noite. Meus pais dormindo, foi quando puxei violentamente ela pra traz pelos cabelos e disse que não ia deixar ela sair. Tentou se desvencilhar de mim, foi quando lhe dei um tapa na cara. Ela tentou me devolver e voltou pro quarto. Minha vontade era saltar a cerca e matar aquele desgraçado. Meu ódio oi aumentando pela situação, mas não queria acabar com aquilo. Não queria contar pro meus pais, queria mais daquilo. Seu deixar você me vestir, vai me deixar em paz? Claro que sim, só quero ver você de perto, sou seu irmão, acho que tenho mais direito do que ele, que não é nada seu. “Você é podre. “. Deita e dorme. Quando estiver adormecida vou te ver. Vista apenas um camisola, não use calcinha. Quero você inteira. Quero também que passe algum creme. Quero cheirar sua pele. Depravado. Eu sou depravado. Você que é. Não percebe o que está fazendo sua cadela. Se quiser posso contar agora. E acabamos tudo. O que você acha. Imagina meu pai entrando na casa dele, e matando ele na porrada, contando tudo pra esposa, pros filhos. Pensa. Eu sou depravado. A merda que você faz não é. Ahh, mais uma coisa. Quero os seios de fora, fique de barriga pra cima e nada de fazer barulho. Já sabe.

Não acredito que está fazendo isso. Você é meu irmão. E daí, isso não nega o que vejo. E sabe o que vejo? Uma mulher bonita e gostosa. Que não é mais inocente. Que sabe apenas enganar. Vi lagrimas minar em seus olhos. Aquilo não mexeu comigo. Não me afetou em anda. Apenas meu coração disparou. Vi que estava com medo. Essa percepção me fez forte. Ella vibrando. Tremendo sem ter uma saída. Vê-la encurralada me deixou muito poderoso. Deitada na cama. Vi que ela vez o que pedir, o quarto estava escuro, apenas a parede branca dava uma certa luz aos objetos. Passei muito lento a mão sobre sua barriga. agarrei o seu pescoço e de forma irresistivelmente prazeros. se sufocou. foi quando conseguiu dar um grito. me afastei dela. minha gritou do quarto o que havia. ela disse apenas. nada não. nao é nada mãe apenas engasguei. olhou de novo pra mim, abraços meus braços e pos de novo em garganta. quando minha mãe descansava em seu pescoço. trançou as pernas nuas no meu corpo. seu corpo todo era calor

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 27/11/2011
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