Papai Noel Estrangeiro.

Transpirava feito uma porca velha prestes a ser assassinada nas vésperas da ceia natalina. Mesmo assim não se queixava e nem se deixava quedar em pensamentos vis, pensava mais nas pobres criancinhas de cabeças cheias de sonhos utópicos, nos pais falidos e mães desamparadas e viciadas.

O manto vermelho e quente, barato, além de torrar sua paciência, fazia com que sua cabeça martelasse na indagação do porque de tudo aquilo, de a pátria ter absorvido a cultura do outro continente, no que diz respeito à aquisição do sentimento nacional alheio.

Vivia a pensar na conta do aluguel vencida...

E, diante tudo, fez um apelo: Papai Noel, "hoje só acredito no pulsar de minhas veias...”

SAvok OnAitsirk, 19.12.11.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 19/12/2011
Reeditado em 19/12/2011
Código do texto: T3397263
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.