Papai Noel Estrangeiro.
Transpirava feito uma porca velha prestes a ser assassinada nas vésperas da ceia natalina. Mesmo assim não se queixava e nem se deixava quedar em pensamentos vis, pensava mais nas pobres criancinhas de cabeças cheias de sonhos utópicos, nos pais falidos e mães desamparadas e viciadas.
O manto vermelho e quente, barato, além de torrar sua paciência, fazia com que sua cabeça martelasse na indagação do porque de tudo aquilo, de a pátria ter absorvido a cultura do outro continente, no que diz respeito à aquisição do sentimento nacional alheio.
Vivia a pensar na conta do aluguel vencida...
E, diante tudo, fez um apelo: Papai Noel, "hoje só acredito no pulsar de minhas veias...”
SAvok OnAitsirk, 19.12.11.