A vida não é um filme, você não entendeu.

Eu acertei na noite épica em que neguei sair com ele e disse "a vida não é um filme, você não entendeu.". Não é um filme, é uma espécie de série com drama e comédia. Foi mais um capítulo, passou. Infelizmente ele não vai cantar pra mim no nosso aniversário de namoro "quero te ver de perto, quero dizer que o nosso amor deu certo" como planejou. Nosso tempo, curto, passou. Não foi um imenso amor, mas foi bom e já passou.

Capitulo de ontem: ver ele com ela/ ele disfarçando que aquilo era real/ a minha cara de tanto faz/ mensagem dele no celular "ainda queria te ver de perto"/delete message? Yes. Foi uma enxurrada de "porra, Denyse!" no meu cérebro, no meu estômago, no meu coração.

Quando você quer muito algo, investe muito em algo, se joga de cabeça e não acontece como você queria é de se esperar que você se chateie. Eu não desperdicei tanto do meu tempo e energia nisso e agora, que percebi que não tem mais jeito, fiquei arrasada o bastante pra escrever isso aqui.

Eu deveria ter dado a "isso" mais importância, mais energia, mais de mim. Faz tempo que eu estou procurando alguém que colabore no meu plano de ser plena e feliz, esse parecia ser alguém tão disposto a isso, eu deveria ter colocado mais amor nesse ensaio de relação. A vida pilantra vem me mandando ficar longe de paixõesinhas, apostar menos fichas na Denyse apaixonada. Eu fiz isso, foi até divertido ver que ele era o primeiro homem a não me classificar como histérica, mas o personagem que eu vesti era muito frio, muito chato, nem eu aguentava. Mais uma prova de que não adianta fugir de quem eu sou, quer que seja o próximo protagonista, vai ter que apaixonar e/ou acostumar com o turbilhão Denyse.

É triste, porque eu sei que coisas assim ainda vão acontecer muitas e muitas e muitas e mui-tas outras vezes. Eu não desisti do amor, mas não tenho o menor saco ou estômago ou tempo pra insistir nele, preciso e vou continuar focada em outras coisas. É triste, porque eu precisava parar com apegos idiotas, mas não trancafiar o coração em um cofre blindado. Parece que eu joguei fora o chip que dizia "se jogar sempre!" e coloquei um "não insistir nunca!". É triste porque dessa vez quem me decepcionou fui eu.

Não vou me culpar, paciência, pensamento positivo, sinto boas energias se aproximando e sinto também que dessa vez eu estarei pronta e apta para recebê-las. Afinal, a vida não é um filme, mas pode ter mais capítulos felizes, pode apostar.

Denyse Barrêto
Enviado por Denyse Barrêto em 28/02/2012
Reeditado em 28/02/2012
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