SUBI NO PALANQUE,DISCURSEI E ENTREI PELO CANO, SEM CULPA.

Subi no palanque, discursei e entrei pelo canasso!

PRÓLOGO

1976, anos de eleições municipais em todo o Brasil. Neste ano, as campanhas políticas na cidade de Santa Maria da Vitória estavam a pleno vapor. Havia o partido da Arena, Aliança Renovadora Nacional e

o MDB, Movimento Democrático Brasileiro, apenas com candidato à Câmara de Vereadores. O foco maior desenrolava – se dentro do próprio partido da Arena. Havia o candidato da situação, Belaísio Cruz, Arena 1 e o candidato da oposição, Tito Lívio Nogueira Soares, Arena 2. Com veem, dentro de uma mesma sigla, havia situação e oposição, mas sem sair do próprio partido do governo da ditadura militar.

As campanhas eram verdadeiras aulas de literatura no quesito criatividade. Um grupo de compositores de paródias de ambos os partidos, dava o tom literário nas músicas cantadas nos comícios.Por seu lado, os comícios eram uma verdadeira temporada de festas, quando realizados nas regiões rurais e nas fazendas, verdadeiros currais eleitorais de ambos os partidos. Todos íamos nos camiões cujas carrocerias ficavam apinhadas de jovens e adultos para os comícios ruralinos, e era uma coisa normal, afinal de contas os comícios eram regados à cerveja e com churrascos, sempre patrocinados pelos correligionários fazendeiros, verdadeiros cabos eleitorais dos candidatos. Era um verdadeiro passeio quando íamos para os comícios rurais. Tinha localidades que eram banhadas por rios e cachoeiras, além das mangueiras carregadas de frutas, prontamente deliciadas por todos nós. Havia também muitas caipiras lindas e quem tinha coragem, sempre arrumava algumas paqueras passageiras, exceto Rozinha, Novais e eu, pois pertencíamos ao círculo dos tímidos. Nem mesmo as pingas e cervejas nos davam coragem suficiente. Os discursos também se apresentavam como verdadeiros cordéis de ingenuidade e de um português rural, extremamente chulos e ao mesmo tempo enriquecedores.( – Trabalho que trabalho,” bregueito que brequeito e esta buceta não progrede!” ) ( - O prefeito sendo elegido, nossa região precisa de um adjutório! ) (- Aquele crápula, aquele salafrário, não tem “culhão” para honrar as calças!).

São algumas falas dos roceiros candidatos à câmara de vereadores. Uma paródia chamava muito atenção na campanha política. Era da parte do candidato Belaísio: Deixa Tito pegar fogo / Deixa o homem incendiar / É Belaísio quem vai ganhar! / Vidi não foi com a pinta / Agustim muito pior / A onça e o bode são exibidos / É Belaísio quem é o maior! A resposta vinha de pronto por parte do candidato Tito:

Deixa Tito pegar fogo / Deixa o homem incendiar / É ele mesmo quem vai ganhar...

E assim sucessivamente as paródias se desenrolavam. Vale ressaltar que os personagens citados eram todos adeptos da Arena 2 como por exemplo: Arnaldo Onça, grande chefe político da oposição e, o Bode, é uma menção aos membros de uma família que era conhecida como os bodeiros;Família Bodeiro. E as carreatas? Quando o pessoal dos comícios retornava para a cidade, as carreatas contavam com mais de cem carros! Cem carros? Vírgula! O poeta Novais em certo retorno do comício da Arena 2 , estava na esquina da casa do Janico, na Rua Teixeira de Freitas contando os carros, de repente, ele percebeu que o carro do Raimundo Alcântara havia passado cinco vezes no mesmo lugar na Teixeira de Freitas. Aí descobriu - se as fraudes das carreatas. E acontecia com a Arena 1 também. Coisas da política do interior, pois havia até disputas para quem colocasse mais veículos nas carreatas.

O EXÓRDIO DE TUDO

Era uma linda noite e quente de sábado, em plena estação da primavera, com a brisa soprando das montanhas, refrescada pelas águas do velho Rio Corrente, com seu curso infinito em direção da volta da pedra, rumando para o Velho Chico, com céu estrelado, lua brilhante e que deixava os reflexos prateados formando um espetáculo cintilante nas águas esverdeadas e acinzentadas do rio, completadas ainda com o reflexo das lâmpadas do São Felix. Tudo estava numa calmaria danada até alguém passar e gritar: Tem um comício lá na rua do Malvão, do Belaísio. Vamo lá pessoal! E fomos.

Lá chegando, nos deparamos com um caminhão três quartos em cuja carroceria estava montado um palanque improvisado, com o Mestre Iozinho comandado o comício, pois ele era o locutor oficial da Arena 1. Foi entre uma subida e discursada de um de outro, que me vi empolgado e, sem mais cerimônias, subi na carroceria e comecei a fazer um discurso retórico e histórico.

Naquela época eu estava lendo a biografia do Presidente Abraão Lincoln e utilizei o seu histórico como paradigma para falar sobre cada candidato, o nosso, neste caso o Belaísio e do candidato da oposição, Tito Lívio Nogueira Soares. Falei que o presidente dos Estados Unidos, era um homem do campo e que depois, chegando na cidade se transformou em um urbano. Tinha a experiências de ambos os lados: Campo e cidade e que sabia usar muito bem a caneta e a enxada. Qualidades inerentes ao nosso candidato que estaria mais preparado para governar a nossa cidade e o campo. Claro que puxei brasa para o meu candidato. E que o candidato Tito Lívio, só tinha mãos preparadas para a caneta, por ser um homem da cidade, e que não ajudaria muito a zona rural. Em seguida fiz uma homenagem ao grande líder Rolando Laranjeira Barbosa. Foi um discurso muito bonito! Fui aplaudido efusivamente e muito elogiado. Todo mundo queria saber quem era este tal de Abraão Lincoln. Pegaram no meu pé porque acabei elogiando o candidato da oposição ao compará-lo também com o presidente norteamericano.

Após o meu discurso, Vadim Ferreira, cujo alcunha era Vadim Preto, subiu ao palanque improvisado e, ao pronunciar o seu discurso disse esta frase: Minhas mãos são pretas mas são limpas! Fazendo alusão ao candidato da oposição. Algumas pessoas não gostaram do tom do discurso, inclusive eu. Só sei que eu estava orgulhoso e metido com o pronunciamento do meu discurso, e com as minhas aulas sobre o presidente Lincoln.

Quando chegou o domingo, a minha ansiedade era muito grande para que e segunda feira chegasse logo, para ver a repercussão do discurso. Estava eu descascando um coco, quando chegou em casa tio Jaime e disse – me de maneira séria: Você discursou muito bonito, mas não deveria ter feito. Discurso é para quem faz parte da política e você poderá ter problemas por conta disto. Como eu estava tão narcisista, que jamais consegui captar a mensagem, mas parecia um prenúncio, aquela mensagem, ou aquele recado.

A REPERCUSSÃO DO DISCURSO

Finalmente chegou a tão sonhada segunda feira! Circulando pelo mercado municipal, eu só recebia elogios dos partidários do Belaísio. Meu ego e a minha alma estavam sorridentes. No partido da Arena 1 , o discurso foi um sucesso. Só faltava sentir os comentários no Centro Educacional Santa-Mariense, um reduto fortíssimo do candidato Tito Lívio Nogueira Soares. Quando chegou o horário das aulas lá estava eu pronto para sentir de perto as repercussões do discurso, e, já na entrada, deu para ver o que estava esperando por mim. Ao cumprimentar a querida Bá, nossa inspetora de ensino e grande amiga, cuja resposta foi entre os dentes. Havia grupos localizados que estavam batendo papos e, quando eu me aproximava , do nada surgia uma dispersão total. Meu Deus, a repercussão foi tão forte! Pensei. Ao adentrar à sala de aula, novas dispersões quando me viram. Até então, para mim tudo estava dentro da normalidade, até uma colega de nome Lindamar ir até a mesa do professor e gritar e alta voz, colocando as mãos para cima: Minhas mãos são pretas mas são limpas! Sala em silêncio. Virei para Zifina e perguntei: Por que esta menina está repetindo a frase do Vadim Preto? Perguntei-lhe. Você não está sabendo? Perguntou Zifina(Jorge Queiroz) Não, respondi. Espalharam pela cidade que foi você quem fez o discurso que o Vadim fez. Meu Deus! Que mentira!Que sacanagem!

Preocupado, fui até a Suely, filha de Vidir, sobrinha do candidato Tito Lívio,colega de turma e disse-lhe: Suely discursei mas não xinguei o seu tio. Eu se,i respondeu ela. Mas , o olhar acusador falara-me tudo em silêncio. – Cara de pau, xinga a minha família e ainda vem com polodórios! Fui até Titinho, irmão de Suely, mas a impressão foi ainda maior de indignação em seus olhos.Titinho, da nossa geração, era uma das pessoas mais éticas que eu conheci em toda a minha vida e, talvez por isso, vislumbrei uma maior indignação no seu olhar. E o jeito que ele me deu a resposta, pesou muito no meu coração naquele momento. Não foi uma resposta grosseira: Apenas um eu sei enxuto. Partindo disto, tomei a seguinte decisão: Não xinguei, portanto não devo desculpas a ninguém, e vou tocar a minha vida como sempre toquei; Restava apenas o receio da convivência com toda a família , que por ser tão nobre, sabendo ou não da verdade, continuou a tratar-me com o mesmo carinho que sempre me tratou. Aredito muito por ser a família Soares, uma família dotada de alma nobre e generosidade e, que provavelmente, por me conhecer desde a infância, relevou esta questão.

A VITÓRIA DE TITO LÍVIO NOGUEIRA SOARES

As campanhas realizaram-se com muitos comícios na cidade coma a visita de vários deputados pelos dois partidos, muitas visitas à zona rural, algumas brigas isoladas, como por exemplo, duas colegas de escola. Uma delas, irmã da nora do candidato Belaísio e , a outra, partidária, do Tito Lívio. A discussão iniciou – se em sala de aula, foi se prolongado pelo caminho, foi passando na frente da casa de Joaquim Lisboa, Dr.Zequinha, dr. Libório , e tentando a conciliação, Zifina e eu, mas , quando passávamos à frente da casa de Rolando Laranjeira, o bicho pegou! Quando uma falou de traição de marido, os tapas comeram à solta! Na verdade, nós que tentamos separar a briga, apanhamos mais do que as contendoras! Tranquilamente, sentado com a esposa à frente da casa do Rolando Laranjeira, curtindo a paisagem noturna, Dr. Leônidas Borba, ao nos ajudar a separar as lutadoras, também tomou uns catiripapos. Não foi fácil separarmos as duas mulheres. Baixinhas. Mas bravas e fortes pra caramba! Depois os nervos serenaram – se e tudo voltou à normalidade. Ainda bem. Após o término da política, elas voltaram às boas relações. Essa política de Santa Maria! Era muito gostosa. Brigam – se nas campanhas e depois, todo mundo continua amigo de todo mundo, até o início de uma outra campanha.

Finalmente chegou o dia da eleição. Novais, Delvany, Rozinha e eu, votamos cedo, na parte da manhã no Colégio Maçônico. Depois ficamos vadiando pela cidade, acompanhado as votações. Coincidentemente, o Tito Lívio, também votou no mesmo colégio que nós. Tudo transcorria e transcorreu tranquilamente. As intenções direcionavam para a vitória do Tito Lívio Nogueira Soares, que concorria pela terceira vez, sendo derrotado na primeira, por Belonísio Cruz, Irmão do atual candidato Belaísio. Na segunda vez concorreu com o atual prefeito Rolando Laranjeira Barbosa. Em amba acabou sendo derrotado. Como Lula, tentava a eleição pela terceira vez. E como Lula, inevitavelmente acabou vencendo. Foi uma festa bonita.

Belaísio, como sempre ocorre nas eleições norteamericanas, fez um discurso reconhecendo a derrota e parabenizando o adversário, seu amigo de bons relacionamentos, pela vitória. O saldo negativo, mas que não empanou a festa dos vitoriosos, foi o falecimento do grande homem, do grande pai, do grande santa-mariense, grande chefe político da Arena 2, o Arnaldo Onça, um dos articuladores da candidatura do Tito Lívio. Mesmo com o falecimento do Arnaldo Onça, a euforia pela vitória não foi suprimida, afinal de contas, ele havia contribuído e muito, para que a vitória viesse. Já em tempo da ditadura agonizante, Belaísio e Tito Lívio deram exemplo de democracia, e a partir da ruptura do continuísmo político da cidade de Santa Maria da Vitória, a população passou a respirar novos ares políticos. Até eu. Será? É crível que havia a necessidade de ruptura. Alguém até poderia perguntar: Se havia a necessidade de ruptura, qual a razão de você não votar no Tito? Respondo: Naquela época s votávamos de acordo com a nossa família. Éramos fieis às nossa famílias. Cada amigo votava de acordo com a sua família. Quer de um lado ou quer de um outro lado.

Um fato engraçado aconteceu com Joaquim Lisboa Neto, o Kinkas, que fora eleito vereador, o único pelo partido MDB. Só que alguém duvidou do resultado apurado, pediu recontagem de votos e, Dr. Libório, juiz de direito da Comarca prontamente atendeu. Resultado: Descobriu – se que o Kinkas não tinha sido eleito e lembro – me bem do Kinkas reclamando. Queria saber que foi o desgraçado que pediu a recontagem de votos. Garanto que não fui eu, mas Kinkas entrou pelo cano na recontagem de votos.

A RETALIAÇÃO (INJUSTA)

A pose do novo prefeito desenrolou de maneira tranquila. A partir da posse, a cidade passou a respirar novos ares. Novas perspectivas abateram – se sobre a cidade. De imediato começou a construção da tão sonhada ponte sobre o rio Corrente, sonho de décadas. Como era de costume, sempre no início dos anos letivos, era normal as Prefeituras concederem bolsas de estudo e, já prevendo reveses, fui até o Lily Laranjeira e solicitei uma bolsa de estudos daquelas concedidas por deputados. De cara inscrevi – me logo para duas bolsas: Estadual e federal.

Acontece que dona Lindaura, minha mãe de criação, tinha amizade praticamente com muita gente importante, e uma destas pessoas importante, passou pela loja do mercado onde trabalhávamos e disse para que ela me mandasse ir até a prefeitura e fazer uma inscrição para bolsa. Confessos que embromei bastante até que alguém passou na venda, e mencionou que não havia visto o meu nome no livro e, que o prazo terminaria naquela tarde.

_ Ou descarado, você ainda não foi lá. Quer ser carregador de saco e ficar sem terminar os estudos – Admoestou dona Lindaura. Com o coração batendo, fui andando bem devagarinho, para demorar a chegar na prefeitura. Atravessei a ponte, andei pelas calçadas do Jacaré(jardim), e após subir as escadas, adentrei – me na prefeitura, parei de frente do balcão. Cecilia, a atendente, olhou – me de soslaio fazendo de imediato uma pergunta:

- O que você deseja?

- Dar o meu nome para ganhar uma bolsa. Respondi meio desconfiado.

- Tem certeza disto, perguntou.

- Não, não tenho, mas anota, por favor, o meu pois para mim já basta. E já bastava, afinal de contas, eu tinha certeza que jamais ganharia um abolsa da prefeitura, levando-se em conta o histórico a mim atribuído no discurso que havia proferido por ocasião das campanhas, e que, uma frase proferida por outrem acabou sendo aditada ao meu discurso. Mas já dava para estar com o dever cumprido com dona Lindaura. Eu tinha esperança de que pelo menos uma das duas bolsas solicitadas fosse concedida, sabendo na negativa que seria favas contadas na questão da bolsa da prefeitura. Ao retornar para o mercado, com a obrigação cumprida, falei com dona Lindaura que já havia dado o meu nome. Agora é pedir a Deus para o prefeito dar a bolsa. Sei não. Pensei.

Alguns dias depois, uma amiga de dona Lindaura passou pela venda e informou a ela que a bolsa não foi concedida. – Mas por - que, quis saber. Porque Joazinho discursou contra o prefeito e o chamou de ladrão. O prefeito até relevou..... Vou narrar como aconteceu.

- Próximo da lista. Pediu o prefeito

- É o último. João Nogueira da Cruz.

-Quem é João Nogueira da cruz?

- É o Joãzinho de dona Rosa.

- Concedido!

- De jeito nenhum! Ele lhe chamou de ladrão!

- Molecagem de jovens.

- Se der a bolsa para este rapaz, saímos do apoio a você.

- Tá bom, não concederei a bolsa, completou o prefeito.

Só não houve unanimidade, porque Edilson, grande sujeito votou ao meu favor, mas pela quase unanimidade, foi voto vencido. Até as pessoas que me viram crescer, foram contra mim. São indignas de terem os nomes citados. Não merecem.

- Seu descarado, disse dona Lindaura, por que xingou o prefeito? Não xinguei ! A senhora não ouviu seu Jaime dizendo que foi um discurso bonito! É verdade, respondeu. Mas não há de ser, as bolsas de Lily chegarão, se Deus quiser. Mas Deus não quis. Até hoje espero as bolsas da câmara estadual e federal. Se não fosse Sara, a ajudar-me a pagar as mensalidades do colégio, e uma pequena ajuda de custo do IBGE, por executar faxinas três vezes por semana, talvez não concluiria o segundo grau.

A retaliação não parou por aí. Sempre que havia indicação do meu nome para assumir alguma vaga de emprego,na prefeitura diziam: Ele foi discursar! E isto quem me informava era a minha grande amiga Sissi, colega de turma efuncionária da prefeitura. Fazer o que?

EPÍLOGO

Algumas perguntas tenho feito ao longo destes anos: Quem foi o filho da puta ou filhos da puta que distorceram o meu discurso? Qual foi a verdadeira intenção deles? Por – que as pessoas que ouviram o meu discurso, não me defenderam? Por-que o nome da verdadeira pessoa que ofendeu o então candidato, em nenhum momento teve o seu discurso trazido à tona? A família Soares algum dia chegou a saber a verdade?

Não sei. A única coisa que eu sei é que a família Soares é fantástica e espetacular. Linda fisicamente e nobre de alma. Apesar do ocorrido, sempre me tratou com o mesmo carinho que sempre me tratava desde a minha infância! Ela tinha o direito de expulsar-me do seu convívio, pois de fato um membro seu foi ofendido, e não o fez. Também pudera. O casal Antonio Soares e Dona Edna, sem dúvida,era um casal dos mais lindos da minha terra e soube construir uma família e descendência com a mesma beleza natural que é peculiar a ele. Neste episódio , o que mais me marcou, foi que nunca pude ter falado quem verdadeiramente, naquela noite de sábado, havia pronunciado a fala infeliz de ofensas. Mas como eu nunca fiz ofensa ao candidato Tito Lívio Nogueira Soares, embora tenha pago um preço indevido, isto levou-me a tocar a vida em frente, e encarar as adversidades advindas do que não fiz. Hoje ao falar com os professores de filosofia e sociologia sobre o ocorrido e ouvi deles o seguinte comentário: Cara, o simples fato de você pegar dois caipiras da Bahia e compará-los com o caipira de Indiana, considerado um dos maiores presidentes da história dos Estados Unidos, é motivo de muita honra para eles, pois na história do mundo, existem poucos homens com a condição de serem comparados com o Abrão Lincoln! Isto foi uma honra! Depois disto, o que mais posso lamentar sobre a infâmia derramada sobre mim? Nada. Apenas escrever e publicar no RL.

É o que há

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