Lição de Vida

"No Cosmo nada é por acaso"

Michael Odoul, autor do livro “Diga-me onde dói e eu te direi por quê”, ao decodificar a linguagem do corpo, ensina a ver a doença ou machucado não como um episódio do acaso ou uma fatalidade, mas como uma mensagem da nossa consciência, do nosso ser interior... Ao ver por trás de determinado sofrimento uma doença ‘criativa’ um meio de progressão na nossa evolução... Na medicina oriental, a doença é testemunha de um obstáculo para a realização do Caminho da Vida...

(Trecho do prefácio do Dr. Thierry Médynski – médico homeopata e psicossomata).

*Desde 2005 vivo um processo de mudanças, e durante este período algumas vezes pensei que estivesse agindo bem comigo mesma. Mas a presença do sofrimento físico mostrou-me que não. Primeiro, entre 2009 e 2010, os males na região do quadril, que o autor identifica: que problemas no quadril, tensões, bloqueios, artroses nos mostram que atravessamos uma situação em que a “base” das nossas crenças profundas está sendo recolocada em questão. Junto com a bacia e a região lombar, os quadris são a sede do nosso poder profundo, como também da nossa capacidade de mobilidade e de flexibilidade, interiores e exteriores. É a partir deles que o nosso “ser” se encontra em relação com o mundo. (pag. 116)

Período bem difícil, em que eu me libertei de crenças e de pessoas que eu permitia que mobilizassem ou manipulassem minha clareza de visão.

Recentemente - Por que o dedão do pé (o polegar do pé)?

É o único dedo do pé em que começam dois meridianos energéticos o Baço e Pâncreas e o do Fígado. É o dedo de base do nosso suporte relacional do que nós somos... Os traumatismos ou tensões nesse dedo significam que sentimos uma tensão equivalente na nossa relação com o mundo, seja no plano material (parte interna do pé), ou no plano afetivo (parte externa do pé).

Pois bem, nesse processo de mudança, eu acabei aceitando uma situação profissional num ambiente em que eu já havia trabalhado anos atrás, e foi ai que eu percebi enquanto insistisse em viver de novo a mesma situação o sofrimento e o machucado se manifestariam novamente.

Então, depois de uma turbulenta negociação para sair desse meio. Ao me desligar desse trabalho, para me energizar fui visitar o mar. E lá, na beira da praia, caminhando na areia, um siri me picou o tornozelo e no susto eu virei o pé. Na volta pra casa fui ao médico e descobri tinha quebrado o osso - a ponta do dedão do pé esquerdo.

Logo entendi a mensagem, ao relutar comigo mesma na decisão de sair desse trabalho eu me feri emocionalmente antes de tudo. Compreendi que ao que insistir em viver de novo uma situação saturada provoquei inconcientemente a ruptura do osso, que equivale à parte interna do pé, que equivale à tensão com o mundo exterior. A tensão do momento que eu vivi nesta situação de desligamento, onde havia conflito de relacionamento, de algo que já tinha passado do ponto - passado do tempo... Tropeçando dei origem a outro traumatismo. Por teimosia talvez, fechei esse ciclo com dor, e duas semanas e meia de molho, ou seja, “a ‘doença’ como testemunha de um obstáculo para a realização do Caminho da Vida...”

Mais uma lição aprendida: “às vezes o caminho é longo antes que possamos desencadear o processo de libertação que reverte tudo dentro de nós e pode nos levar a “cura”. Mas depende sempre da nossa decisão profunda de sarar ou não...”.

Agora eu já estou em outro ambiente de trabalho, com uma equipe harmoniosa e saudável. Onde mesmo quando estamos pilhados pelo excesso de cobrança e prazos, respeitamos uns aos outros. Através do olhar, do sorriso, de uma palavra amigável nos complementamos, e é tão bom um lugar assim, onde o corpo e alma estão confortáveis e felizes, ao mesmo tempo juntos.

Minha pane pessoal ajudou e muito na decisão de chutar o balde, mesmo que essa atitude tenha me provocado dor, ela me fez caminhar um pouco mais em direção ao caminho... O caminho da realização, e compreender a razão emocional por trás da dor.

Fonte: Livro “Diga-me onde dói e eu te direi por quê”, Michael Odoul.

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 10/03/2012
Reeditado em 11/03/2012
Código do texto: T3546747