O ROUBO DO SÉCULO
Mané era um sujeito muito humilde, quase analfabeto e vinha sem habilitação, dirigindo seu Fusquinha totalmente enferrujado.
Era uma estrada deserta e ele vinha com o pé em baixo !
Depois de uma curva ele ainda vislumbrou dois homens de preto, mas não deu tempo de desviar.
Mané atropelou e matou ambos.
Parou , desceu desesperado, e viu uma cena inacreditável ! Uma Porsche, uma Blazer e um Caminhãozinho Blindado, com as portas abertas, e no mínimo uns quinze homens mortos, sangrando no chão.
Os homens do carro forte resolveram roubar um dos maiores carregamentos de dinheiro do City Bank, e trocar tudo por uma grande coleção de diamantes da América.
E ele matara os únicos sobreviventes dessa chacina mútua.
Pegou a dinheirama, os diamantes todos, lotou o porta malas do Fusca e se mandou.
Mas Mané não conseguia dormir.
Já haviam se passado dois meses, e Mané ainda ouvia as notícias do “grupo fantasma” que matou concomitantemente duas das maiores quadrilhas, duas das gangues mais procuradas do hemisfério ocidental.
Diziam as notícias :
- Que turma ardilosa, engenhosa, discreta e genial é essa, que mata quinze bandidos de uma só vez, e some sem deixar vestígios ?
- Serão justiceiros ?
- Protetores do povo ?
Mas Mané não se contendo de remorso, foi até a Delegacia de Polícia :
- Quero me entregar ! Fui eu quem matou e roubou as duas gangues !
O delegado quase morreu de rir.
Não acreditou e chutou a bunda de Mané, expulsando-o de lá, achando que era num doido, ou alguém querendo ficar famoso.
Mané desistiu de se entregar.
Comprou uma ilha e viveu feliz para sempre !