Perseguida...

Com o coração disparado, o suor escorrendo pela testa, tentando em vão abafar o som da própria respiração esperava, o silencio daquela noite a assustava. Estava sendo perseguida por algo que era incapaz de definir, sua palidez era preocupante, sua maquiagem manchada pelas lagrimas que começavam a escorrer ela nem sequer notava...

Aquele homem de capa preta estava na festa, sim era ele que e espreitava, ela podia sentir, mesmo o som alto, a cabeça cheia de álcool, não era fraca de ficar bêbada com pouco, estava acostumada com a noite e seu ritmo convulsivo estimulado por varias drogas, era uma mariposa, com seu sorriso irônico e sua suavidade medonha, trazia em suas asas fascínio e terror, algo em sua alma transparecia por seus olhos, fazia corações pararam e pernas tremerem, era, mas se via agora atrás de uma cerca escondida de um inimigo desconhecido.

Quando finalmente ouviu aqueles passos pesados, aquela respiração lenta, o sobretudo fazia um som leve ao ser arrastado pelo chão, porem era hipnotizador. Ele arrancou sua alma quando proferiu naquela voz demoníaca as poucas letras de seu nome, era tarde, o mundo dormia, ela tentava em vão não respirar, o coração prestes a parar.

De repente os passos pararam, levantando os olhos encontrou com aqueles olhos, agora podia afirmar, aquilo não era humano, levantando e tentando se afastar sentiu uma mão firme agarrando seu braço.

-Quieta!

Seu corpo congelou, como se fosse a ordem de um deus, os músculos não respondiam mais, os pés estavam ficando frios, como se a vida fosse saindo aos poucos de dentro dela.

-Agora foge? Depois de tanto me chamar.

Chamar? Ela não podia compreender.

-Diga adeus a este lindo corpo que aprendeu tão tarde a usar, depois de tanto amaldiçoar, estes cortes em seu braço não foram feitos por você, como pensa, foram feitos por estas mãos.-mostrou mãos enormes, ressecadas, grossas que tinham a força de um titã.

-Eu segurei aquela lâmina você não teria força minha pequena.

Ela não conseguia falar, mal respirava, a garganta parecia apertada.

-Agora estou aqui para leva-la comigo.-os cortes a muito cicatrizados começaram a sangrar.

-Diga adeus ao que vê a seu redor.

Por seus pulsos o sangue esguichava, tremia, o coração disparado.

-Cante mais uma vez aquele refrão minha pequena, quero ouvir mais uma vez sua voz linda me chamando.

“Se te sinto perto fico em paz, sei que me levará pra perto de você”.

Minha morte selará minha derrota e em seus braços vou esquecer desta vida sem sentido” mesmo sem voz cantou, ficando ali, caída no meio da rua, sem vida depois de perder os sentidos após aquela hemorragia.

T Sophie
Enviado por T Sophie em 05/02/2007
Reeditado em 07/02/2007
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