INTENSO

Pela ironia do destino, um deslize dos anjos, um pequeno erro gerou uma moça louca, com alma de succubus. Não que tal fato a tornasse uma promiscua, antes fosse, seria facil lidar, mas era louca, sedenta de sentir tudo, o mundo, o extremo do que os sentidos pudessem captar.

Era silenciosa, misteriosa, em seu casulo observava, e mantinha jardins secretos, de cheiros e delicias, uma vida estranha, há quem possa dizer, mas uma otima comapanheira para viagens de significação da existência.

Desenhava distraidamente, quando foi surpreendida por um incomparável perfume. Levantou os olhos delicadamente buscou a pele que exalava, um rapaz moreno, estatura média, um sorriso aberto, uma voz linda, ficou observando-o meio deslumbrada. Atraiu os olhos dele aos dela, precisava ver o brilho daqueles olhos, para saber da essencia daquele ser, foi surpreendida com um magnetismo mistico, e ficou incrivelmente sem reação: em transe.

Sorriu para ela, sem graça sorriu de volta, ele ainda conversava com outras pessoas mas parecia inquieto, como se o tivesse tocado tambem aquele encontro de luzes interiores. Se aproximou, com um jeito sociavel, puxou papo observando o desenho, os cabelos, aquele ser misterioso que de repente puxou a si todo o foco.

Conversaram, riram, se desejaram pelo que os olhos diziam. Marcaram de sair.

Um bar, uma mesa simples, bebendo algo, pediram uma porção, se beijaram loucos, se quiseram com ânsia, se sentiam velhos amigos, ou amantes, falaram das coisas mais bobas e intimas, se entregaram quando a sintonia tilintava aos ouvidos. Dois, a se olharem...

Mãos, beijos, pele, um desejo louco, suspiros, sussurros, desejo ardente, vontade de se fundir, gemidos e arranhões, rebolando e empinando toda, se contorcendo, puta, cachorra, mulher.

Gozo intenso, um uivo animal, arranhandobas costas, apertando com as pernas, louca! Um gemido baixo e um gozo extremo, em exaustão. O desejo de continuar ali, a noite inteira e para sempre a se acariciar, sem pressa, o cheiro um do outro se misturando, mordidas, lambidas, sorrisos, abraços apertados, silenciosos se olhando apenas. Dois seres em meio a um universo presos nos laços do desconhecido desejo.

O sol se levantando, se surpreender de estarem lado a lado, com a nudez pura de quem não tem o que temer:

-Bom dia...-um sorriso amarelo, talvez a duvida do sentimento do outro.

-Bom dia! –um sorriso aberto que a contemplava com os olhos brilhantes.

O café da manhã, uma conversa comum, as mãos se tocando, uma cumplicidade instantanea, o coração meio apertado no peito, aquela vontade estranha de possuir para jamais escapar, o corpo querendo a proximidade máxima...

Suspiro, uma lambida na orelha, segurando os cabelos anelados entre os dedos, dominação consentida, com uma voz sussurrada dizendo da vontade de sentir ate a base o membro a possuindo. Envolvendo-a, segurando a cintura fina com força contra si, os quadris rebolando levemente, a tez morena brilhando, os lábios carnudos sendo mordidos de puro desejo, entre despudorados apertos o encaixe, um gemido alto, um ritmo forte, os corpos de debatendo alto, gemidos, que se tornam mais intensos, suspiros e o suor escorrendo. Beijos e uma rebolada ritmada em cima do falo teso, voluptuosa succubus e um encaixe pleno sendo preenchida pela delicia daquele homem.

Cumplices, se tem sem juizo ou pudor, dois que se encontraram no caminho e se deram apenas pela certeza de que as almas se encontram e tudo flui como- tem de ser. E o tempo jamais enferrujou a delicia de se perder e encontrar, incubus e succubus acidentalmente nascidos em homem e mulher. Sintonia de ânsia e desejo.

T Sophie
Enviado por T Sophie em 17/06/2012
Reeditado em 06/02/2020
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