CARACA MEU... CARACA
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No carro, entre beijos e abraços,
chegamos a uma rampa.
Estoura os freios, bato em todo mundo,
problema do tamanho do elefante
Cara, tudo é gigante,
to encrencado, to em Sampa.
Vou perder a princesa, o carro, pense... Ande.
Batendo dessa forma, parecemos sardinha em lata.
Quando parei, multidão enfurecida, ela se mandou.
Sem o que dizer, balbuciei: Calma gente, nervosos por nada.
Perda material conversaremos,
afinal ninguém se machucou.
Brilha minha estrela, uma donzela paga minha conta.
Entrei em seu carro, deixei o meu amassado,
a noite é uma criança.
A dama, tinha muita grana,
Bebi muito minha cabeça zonza.
Nessa altura, ela era minha esperança.
Chegou a hora da cama,
beijinho, beicinho de repente... Ah! Não.
Não era dama, simplesmente era um trintão.
Pulei janela, corri até não poder mais,
como diz Faustão, ô loco sô.
Mamãe, perguntou ta com dor de cabeça? Sim to.
Batem à porta, ela atende advinhe quem é? Sou eu...
Putz e agora, mamãe não deveria ter aberto a porta.
Estava apavorado, o que ela pensaria de mim, agora fedeu.
O trintão disse, você não vai se livrar de mim, nem morta.
Alguém me sacode, vigorosamente e diz:
acorde meu filho hora do trabalho.
Para nooooossa alegria tudo não passou de um sonho.
Meu carro na garagem, tudo em cima, tudo normal,
mamãe nada entendeu.
Olhei pra ela, dei um abraço, um beijo e agradeci.
Aliviado botei a mão no meu bago e disse:
Caraca meu. Caraca.

BILLY BRASIL –
15-07-2012 – 01,28 HS. –
PQI-SBC-SP – DOMINGO.