De volta para o futuro....

Társio era filho de Sávio, este era casado com dona Ester, uma senhora de grande coração que ajudava quem lhe procurasse mesmo que fosse com um copo d’água servido com um sorriso... Dona Ester tinha, porém uma grande mágoa. Sávio, seu marido, odiava os deficientes físicos e mais, vivia colocando essas idéias na cabeça de Tarso. Em nada adiantava seus apelos, ficava restrita a orar.

Cinco anos se passaram, tudo continuava igual à antes, até que um dia Tarso entrou correndo em casa, a camisa estava suja de sangue, mas ele não estava ferido... Procurou pelo pai e lhe contou como baleara um paralítico num assalto e disse ainda não ter certeza se o matara ou não... Dona Ester só pôde ouvir à essa frase, pois um enfarto fulminante associado ao desgosto a levou deste mundo...

Também não pôde ver Tarso e Sávio serem mortos numa troca de tiros com a polícia enquanto fugiam alucinadamente...

* * * * * * * * *

O tempo passou e estamos agora numa sala sóbria, pintada na cor branca, tudo simples e bem arrumado. Três pessoas estão nesta sala, a mais moça fala a mais velha:

- Pai, você será o filho deficiente que cuidarei. Bom que tenha aceitado...

A terceira pessoa, uma senhora, também lhes fala:

- Bem, eu consegui. Vou enfim ser uma enfermeira e poderei cuidar de muitas pessoas.

Nesse ínterim um rapaz de bela aparência, trajando vestes claras entra na sala e lhes avisa:

- Está na hora, o motorista do aerobus os está esperando... É um motorista novo, soube que foi um paralítico...

MORAL DA HISTÓRIA: O que plantar é opcional, colher é obrigatório...

Sandro La Luna
Enviado por Sandro La Luna em 17/02/2007
Reeditado em 05/12/2021
Código do texto: T384155
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