Dom Fiorim

Dom Fiorim

Havia sangue em suas mãos, mas isso não era novidade, os rostos mudavam, os nomes mudavam, os endereços mudavam, mas o seu trabalho era constante, dar um fim ao homem da foto, homem geralmente, os homens matavam outros homens, era raro receber uma fotografia de mulher, e quando recebia fazia o seu trabalho como sempre homem, mulher, ela executava, a única regra que seguia era a idade maior de 16 anos, matava todos, menor não. Assassina free lance, tinha o seu site na internet, estava a disposição de todos, recebendo o que pedia fazia o trabalho. Desta vez era um chefe da máfia, Dom Fiorim, era gordo e vivia cercado de seguranças, após segui-lo por uma semana descobrira o seu ponto fraco, a filha de 16 anos, como a maioria dos mafiosos, ligado e muito a família, não gostava muito da esposa, dona de butique, mas amava Ângela, a filha, todas as terças a levava ao cinema, era a única hora que dispensava os guarda costas, não queria que eles estragassem o filme, ela ouviu o Dom falar quando estava atrás dele na fila para as pipocas.

Então na terça seguinte, ela pegou a garota das pipocas no banheiro do cinema, primeiro lhe deu uma forte pancada na cabeça com um cassetete, que ela costumava sempre levar junto, e depois a deixou cheirar um pouco de éter, só para garantir, que ela não acordasse em uma hora, isso deveria ser suficiente, pegou a roupa da garota e foi para o balcão. No intervalo do filme o Dom veio comprar pipoca extra-grande e uma água e uma coca, ela sabia que a coca era dele a água de Ângela, foi assim vez passada, e seria assim novamente. Na coca ela adicionou um simples produto causador de vomito. E após alguns minutos lá estava o gordo Dom saindo correndo para o banheiro, ela o seguiu, e após o primeiro vomito, Dom saiu da privada e seguia até as pias, lá estava parada, uma mulher de uns 30 anos, muito magra, Dom a achou repulsiva de tão esquálida que era e pensou que fosse a faxineira então falou:

- Saia daqui faxineira, eu estou usando o banheiro, não vê!

Dom seguiu correndo para a privada onde vomitou mais uma vez, ele sentiu que ela estava olhando para as suas costas se levantou e quando abriu a boca para falar, sentiu uma ardência enorme em seu peito, seguido por algo quente e molhado, olhou para baixo e viu o seu sangue escorrendo pela sua camisa de 300 reais, a manchando-a de vermelho, olhou para o rosto da faxineira então percebeu que ela usava o uniforme da pipoca, e viu que fora ela que lhe vendera a pipoca, e agora em sua mão havia uma pistola com silenciador apontada para ele:

- Você não é... diga a Ângela que agora ela á a rainha...- tinha algo mais que ele queria falar, mas não deu, ele deslizou pela parede e caiu morto no chão.

Ela saiu do banheiro, e no corredor encontrou a Ângela, que falou:

- Com licença moça, você não viu um homem gordo e bem vestido, é o meu pai ele saiu do cinema sem falar nada e ainda não voltou.

-Não. - e quando falou se perguntou mentalmente se daqui algum tempo não estaria matando Ângela, já que como Dom falara “agora ela é a rainha” em outras palavras, a nova chefa da máfia.

No
Enviado por No em 24/02/2007
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