A BARRIGA QUE NÃO PARAVA DE CRESCER
 
À Ignácio de Loyola Brandão
 
 

E a barriga dele foi crescendo crescendo e crescendo a ponto de não levantar da cama. Não parava de crescer crescer e crescer. Ao acordar não se via seus olhos não ouvia sua respiração não sentia seu ouvido. A barriga derramava pelo chão ultrapassava a fresta da porta e descia as escadas inundava a rua atravessava e visitava a calçada vizinha. A prefeitura tomou urgência os açougueiros aproveitaram a carne o preço do boi despencou e a barriga do homem aumentar não parou não parou não. A alimentação do pobre virou plataforma política não havia cadelinhas famintas muitas carnes exportou. De uma barriga fez-se tantas. A todos saciou até que a população não podia ver mais carne (de barriga) E o que fazer? Pena de morte.
valdirfilosofia
Enviado por valdirfilosofia em 14/02/2013
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