Iolanda morava numa pequena cidade do interior de Mato Grosso do Sul e estudava num colégio público de excelente qualidade.
E até os dias de hoje, é considerado um dos melhores da região. "Colégio Afonso Pena".

 
Era o único colégio da cidade e isto o tornava importante pela integração social,  para as crianças que conviviam, tanto com os filhos do prefeito, quanto com os das prostitutas. Todos estudavam alí. 
A Iolanda era uma menina muito tímida, pequenina e muito querida por todos .
E foi isto, talvez, que tenha despertado tanta revolta na  Luzia, sua colega de classe, que era briguenta e muito odiada. Ela era muito forte, enorme, assustadora. E batia muito!
Seus braços eram grossos, muito fortes. Parecia mais com braços de estivador portuário.
E ela gritava no ouvido da menina, com aquela boca cheia de dentes tortos pra fora...ENORMES!
Parecidos com a boca de um jacaré!
O jacaré que assombrava a infância da Iolanda.
E a menina se mijava toda quando ela chegava perto. Morria de medo! 
Ah, e como apanhava a pobre Iolanda, que corria como uma lebre, mas, sempre era alcançada.
Um dia, cansada de tanto sofrer, eIa pediu ajuda aos três irmãos menores, que eram escoteiros...E MUITO VALENTES!
Depois de contar para os irmãos todas agressões sofridas( Bullyng) .
Arquitetou um plano perfeito. Uma cilada!
 Na saída do colégio, eles esperariam por elas, escondidos na esquina.
Ah, como aquele dia demorou à passar!
E a Iolanda sentindo-se protegida, mal terminou a aula, começou provocar a Luzia. Corria na frente gritando_"Uhuuu, você não me pegá".
E corria feito louca, com a menina roçando seus calcanhares.
Conseguiu chegar ilesa na esquina, onde os irmãos agarraram a Luzia com chutes e pontapés. 
Ah, mas a alegria não durou muito não. Luzia reagiu e deu uma surra tão grande nos três, deixado-os estendidos na areia escaldante!
E a pobre Iolanda continuou apanhando, por mais dois longos anos...
Ela só se livrou da algoz quando sua família mudou para outra cidade.
O pesadelo acabou!
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 13/03/2013
Reeditado em 13/03/2013
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