Almas afins , uma história de amor
 
 

Chamados do Tempo

 
Não lembro ao certo se foi no ano de dois mil e quatro ou dois mil e cinco, mas o fato é que  eu  pensava que amava alguém e sofria por isso, pois não valia a pena. Também estava passando por uma crise financeira grande e nem computador eu possuía.
Numa bela noite antes de dormir, fiz minhas preces como sempre fazia: Na janela de meu quarto, olhando as estrelas. Ao dormir, acabei tendo um sonho com um belo homem que vinha em minha casa e esperava- me. Ele usava uma camisa amarela, era alto, cabelos lisos e castanhos, olhar penetrante, profundo e intenso.
Mas o que me encantou não foi seu físico, foi sua alma e o que  passou a mim com um abraço .
Mentalmente ele disse:
- Eu sempre estarei com você. Não tema. Eu te amo.
Falou me abraçando, mas não foi qualquer abraço. Foi o melhor e mais belo abraço que já senti, pois com este gesto ele me mostrou todo amor que sente por minha alma.
 
Acordei diferente e com a certeza mais forte do que nunca, de que alguém me aguardava e me protegia de alguma forma . Em alguns momentos eu pensava que o meu grande amor havia ficado no  plano espiritual, em outro momento achava que ele estava em algum lugar do plano terrestre .
No inicio do ano de dois mil e seis, no mês de janeiro  ,  meu pai consegue comprar um computador, fez um esforço pois eu já estava no segundo ano da faculdade de Direito .
No mês de fevereiro o conheci , o homem que me esperava , através da internet , mas ele !
Numa pagina que se chamava: “Almas gêmeas, chamas de amor.”
E me reconheceu, eu não de imediato, mas meu inconsciente falava que ele era o meu amor de outras vidas , aquele que me apareceu em sonho . Tinha uma forma física diferente, pois as almas podem tomar a forma física mais adequada. Nada ele me disse na hora, não poderia dizer, mas agiu de modo espantoso ficando calado por uns instantes, pois o guia espiritual, seu mentor pediu cautela, dizendo não ser o momento. E de fato, não era.
O meu amor chorou quando me reconheceu, lágrimas rolaram pela sua face. Eu sem saber, disse que através do seu olhar em suas fotos, dava para perceber que ele tinha uma tristeza profunda, de um amor. Mal sabia que se tratava de mim.
 
Desde aquele dia nos falávamos, entretanto, ele parecia me evitar , eu achava que não suportava minha presença , só falava mais com a minha amiga, que também tem ligações do passado com ele , mas como irmã.
 
Eu evitava falar, mal falávamos, raramente. Carlos escrevia - me poemas e às vezes postava na minha página. O que na época eu não sabia, era que esses poemas serviam como indiretas dele para mim. No mais, eram cumprimentos cordiais.
Na época eu não me conformava por ele elogiar as fotos ate de amigas minhas e o modo como ele falava. Acabava achando que eu era uma péssima pessoa por  me evitar. Eu achava que  o problema era eu .
Quando falava, às vezes me dava a impressão de ser ríspido.
 
 
Só depois vim saber que ele sempre perguntava por mim, mas a minha amiga esquecia-se de contar.
Quando algo acontecia comigo ou passava algo de não agradável, eu ia e pedia a ele para fazer preces por mim. Ele sentia quando eu não estava bem, vinha em espírito me visitar. Afinal, ele tem o dom de ler as almas das pessoas.
Então, no ano de dois mil e doze, ele principiou a acercar-se,  e todos os dias nós conversávamos . Riamos, falávamos de assuntos sérios e ate que um dia ele  revelou- se a mim.
Eu comecei a recordar o passado, de muitos momentos de outrora e o que um ia falando o outro completava.  Não havia duvidas! Era ele! Eu mal poderia acreditar. Mais velho que eu, mas ele! Agora eu entendia muitas coisas e porque eu sempre me guardei como mulher.
Eram lágrimas de emoção, um sentimento vindo da alma, uma felicidade nunca antes sentida. Ele que teve tantas mulheres e casamentos que não deram certo, me disse que agora encontrara a felicidade. O meu amor passou sete anos calado, esperando o momento certo de vir até mim . Esperou eu deixar de ser menina e me tornar uma mulher de vinte e oito anos.
Quando falo com ele , minha mãe sempre diz que meus olhos ficam cheios de lágrimas e então eu digo :

- É a forma que minha alma tem de expressar tamanha felicidade . Ela grita feliz por reencontrar a outra alma que a completa .

Veio até mim e unimos nossas almas perante o Criador. Casamos diante de DEUS e tendo como testemunha a natureza e nossos amigos espirituais.
 
O amor quando chama, temos que segui-lo. A alma sente, sabe e vai de encontro com quem se ama.
Eu nunca na minha vida vi um olhar como o dele, uma profundidade que demonstra toda sua bela alma.
Agradeço a DEUS por reencontrar o homem das minhas vidas.

 


 
 
 
Agradeço a DEUS por reencontrar o homem das minhas vidas .
 

 
 
 
 
 
 
 Eu te amo meu amor !
 
 
 
 
 
 
 
 
Daísa Galvão, tua Milla.
Daísa Galvao
Enviado por Daísa Galvao em 01/05/2013
Reeditado em 02/05/2013
Código do texto: T4268965
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