Em uma conversa de bar



No barzinho do senhor Manoel, ali se encontrava no domingo pela manhã de cinco de maio, apreciando o bom tempo com uma cerveja super gelada, o jovem estudante Armando. Naquele instante chegou o professor universitário Cesár.

-E aí professor, acordou cedo?

Imediato, Armando gritou ao dono do bar:

-Manda mais um copo, seu Zé.

Sentando, cumprimentou o amigo, dizendo:

-É rapaz, a coisa está preta e suja com a situação que se vive agora. Pior ainda, com tantos abalos governamentais e situações de riscos para a humanidade.

Surpreso, indagou Armando:

-Mais o que aconteceu, professor?

-Israel arrebentou o espaço aéreo da Síria de madrugada deste domingo, cara. E mais, derramou mísseis, bombardeando o centro de pesquisa militar de Jamraya. Dizem que eram aproximadamente doze caças. E dois aviões foram derrubados, além das prisões de dois pilotos sionistas que conseguiram se salvar das baterias antiaérias sírias em voos rasantes. Meu amigo, o primeiro-ministro israelense rasgou ao meio a Carta das Nações com este porte de destruição. Cadê o Ban Ki-Moon? Hahahahaha

-Caramba! Que loucura! Ó meu Deus! Vai nascer mais um conflito na região. Isto prova que Israel entrou na desordem interna do Assad. A coisa vai assar agora. Nossa!

Geraldin, chegava com suas compras e sentava ao lado de Armando, afirmou:

-Isso aí, tem o dedo do Obama no meio. Não há dúvidas meu irmão! O mundo está assim, desse jeito pelo poder deste homem e dos outros que já deixaram essa herança de ódio e guerras.

Armando, afirma ao professor César:

-Mas, na sexta-feira os jatos israelenses atacaram um comboio que diziam que eram armas do Irã para os militantes do Hezbollah no Líbano. É verdade?

-A mídia afirma, mas nada foi comprovado por fontes de confiabilidade. O que se sabe é que Assad está lutando com vários grupos terroristas dentro de casa,

Geraldin, pergunta ao professor:

-Explica-me uma coisa César. Essa Primavera Árabe possui muitos terroristas ou foi apenas o clamor do povo contra as ditaduras?

-E como tem, Geraldin. O povo envolvido que não conhece o pano que encobre essa tempestade política teve apenas um único objetivo, acabar com as ditaduras do mundo desde que Bush derrubou Saddam Hussein no Iraque.

Segurando o copo, Armando pergunta:

-Professor, o Hezbollah tem condições de enfrentar Israel?

-Eu não sei responder esta questão. Mas, o poderio em armamentos do Hezbollah cresceu assustadoramente nos últimos anos, pondo os israelenses sem dormir.

Armando indaga novamente:

-Professor. E qual seria mesmo o objetivo de Israel neste contexto invadindo ilegalmente o espaço aéreo da Síria?

-Hahahahaha! Não sabe Armando? É uma declaração de guerra puramente simples. Algum país tem o desejo de acabar com o conflito, porém, a sua posição na região lhe ocasionaria inúmeros prejuízos. Como se vê nos noticiários todos os dias, os opositores que a mídia não chama de terroristas, e, estão perdendo a guerra com Assad. Eles pensavam que seria igualzinho o que fizeram com Kadafi na Líbia. Apoioaram os grupos de opositores, convocaram os mais árduos terroristas alocados em outros países, e o principal artista deu o grito de guerra aqui mesmo no Brasil quando esteve. Antes disso, a Resolução da ONU já havia votado pelo fechamento do espaço aéreo da Líbia. Pois é. E nesse dia, ele estava no Brasil conversando com a Dilma, e pediu licença para dar uma ordem por telefone. Imediatamente, a OTAN e os jatos franceses invadiram o espaço aéreo da Líbia acabando com tudo. Cadê os civis nessa hora massacrados e quantos morreram? Cadê os Direitos Humanos? Só sabiam contar os mortos das operações das forças de Kadafi. Eu vou parar por aqui este assunto, é muito longa essa história da Primavera Árabe que se iniciou na Tunísia em 2010, por causa de um vendedor de frutas que ateou fogo no corpo contra o sistema de governo e foi a bala mestra para as rebeliões já ensaiadas.

-Professor. Isso daria para ocasionar a Revolução Árabe em vários países?

-Sim. As pessoas envolvidas neste questionamento já estavam preparadas para a eclosão deste assunto, utilizando o assunto do vendedor de frutas para deflagrar a Primavera Árabe colocando o seu próprio povo nas ruas e praças para clamar Justiça e a saída dos governantes marcados nas cartas de baralho. Liberdade de expressão, democracia e a garantia de seus direitos constitucionais foram as frases de apoio e a consolidação da secretaria de Estado Hillary Cliton. Utilizaram as redes sociais como uma maneira de invadir o planeta todo com as notícias e conseguir mais adeptos. Como se sabe, nasceu de uma hora para outra, novos sindicatos independentes em favor dos trabalhadores, e as rebeliões se misturavam numa agonia sem precedentes no Norte da África e o Oriente Médio. Sem sombras de dúvidas, a Turquia e o Qatar acenderam o pavio de pólvora contra o regime sírio de Bashar Al Assad.

-Professor, e por que não houve mais revolta desse tipo? Já que eu fiquei sabendo que em março deste ano, um jovem tunisiano desempregado ateou fogo no corpo.

Responda-me com sinceridade.

-Caro amigo, acho o que estou falando aqui não é mentira. O pobre coitado que ateou fogo no próprio corpo no centro de Tunis não deu em nada. O novo governo islâmico da Tunísia continuou apenas observando a mídia. Não houve qualquer fúria, vez que este governo liderado por islâmicos conseguiram a confiança do povo Além de que não houve mais interesse de terceiros. Ele que se auto imolou é que se acabou e pronto. Se esta realidade tivesse apoio externo, os tibetanos já teriam conseguido a sua independência. Kakakakakaka. Olhe bem! Nem mesmo o TPI foi respeitado pelos novos dirigentes da Líbia após a morte de Kadafi em julgar as personalidades do governo anterior. E agora, eles sabem que a situação criada na Primavera Árabe não teve sucesso e nem paz em lugar nenhum implantado. Assim como no Egito, uma verdadeira carnificina nas praças e ruas. E o próprio Kadafi afirmava que estava lutando contra a rede Al Qaeda e grupos treinados por agentes ocidentais, e todos sorriam. Era verdade o que Kadafi dizia. A insurreição ali travada era uma mistura de barbarismos pelas forças ocidentais e grupos sanguinários e muito bem orquestrado pelos que ansiaram derrubar o poder daquela forma. Não vamos pensar assim, há sempre alguém que fala que é justo e humanitário se defender bombardeando milhares de civis desde 1945. Agora, esse bombardeio sionista na Síria é perturbador ao mundo Árabe, pois, nenhum vizinho quer um teatro de guerra naquela região, o que mudaria drasticamente tudo. Apesar de que o exército Sírio é poderoso na região, e uma tomada de força aérea, é o fim com lançamentos de mísseis de várias partes na defesa de fronteira de cada país. São três anos de conflitos e o presidente sírio Bashar Al Assad ainda não caiu como desejam.

Com as mãos à mesa, Geraldin perquire:

-Professor, houve mesmo o uso de armas químicas?

-Caro Geraldin, é uma boa pergunta. Não há nenhuma comprovação. E sobre este ponto, primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu bombardeiou o centro de pesquisas para abrir passagem para os terroristas, não há outra explicação. A questão de armas para o Hezbollah, este já se encontra bem armado dos pés à cabeça. Eu só sei que desejam fazer como a OTAN fizera na Líbia junto com os rebeldes. Não justifica de modo algum invadir o espaço de Damasco para efetuar vários bombardeios, o que vai gerar retaliação a qualquer hora após o conflito interno. Essa intriga entre Israel e Síria é antiga e não é a primeira vez que os israelenses bombardeiam a Síria, sem sombras de dúvidas, eles estão tecnicamente em estado de guerra desde a criação do Estado de Israel, em 1948 em referência as colinas de Golã. Dizem que o Mossad trabalha com alguns grupos dentro da Síria no avante da derrubado de Assad. Digo com certeza, novos parceiros surgirão nesta rodada de conflitos esmagando mais civis. Uma vez que os militantes do Hezbollah não ficarão calados nesta encruzilhada de Israel. Vamos beber e deixar estes assuntos para depois.

-Professor, eu desejaria que houvesse paz. E tudo isso vem mais tarde repercutir na economia mundial que se encontra na teia global, trazendo mais misérias e doenças. A guerra na verdade é uma maldição humana.



Crédito: Imagens do Google


ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 05/05/2013
Reeditado em 06/05/2013
Código do texto: T4276102
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.