Vingança.

Minha amiga havia sido assassinada e eu não me perdoaria se eu não tomasse uma providência. Pedi para os amigos do meu pai investigarem o caso, que lhes pagaria centavo por centavo. O dinheiro não era importante, mas, sim, a justiça que eu faria... e com minhas próprias mãos! O meu celular, enfim tocou quando eu ainda estava no shopping, pagando algumas contas, e a boa notícia logo veio: "Fizemos uma surpresa para você! Estávamos rastreando o assassino fazia um mês, mas decidimos lhe fazer esta surpresa. Marcamos um encontro com ele no imóvel que seu pai tem, mas que está em desuso. Podemos acompanhá-la, mas lá você fará o que quiser com ele. Apareça lá às dezenove horas em ponto, mocinha! Até mais". As pessoas com quem eu estava lidando não eram boas, porém eram, sem dúvidas, de confiança. Tratavam-se de matadores da Polícia. Muito satisfeita, ainda passei pela praça de alimentação, comprei um sorvete e fui saboreando minha vitória com gosto de chocolate branco. Chegando em casa, coloquei a melhor roupa que eu tinha e a mais nova, claro, eu precisava estar muito gostosa para a minha vitória. Cheguei lá no horário combinado e o maldito já estava vendado e imobilizado numa cadeira de madeira. Fiz questão de arrumar o cenário, que ficou pouco iluminado. A cadeira que o assassino sentaria, ficou de uma forma que os meus "cúmplices", apenas conseguiriam vê-lo de lado. As três cadeiras, que os outros sentariam, ficaram uma do lado da outra. E o espetáculo começou. Primeiro precisei tirar a venda que cobria seus olhos que, por enquanto, conseguiam enxergar algo. Eu relembrava a história toda, contando detalhadamente no ouvido do desgraçado e ele só fazia chorar. "Mas que porra é essa? Mata uma inocente e fica chorando? Não é bem você quem deveria chorar!", exclamei enquanto eu enfiava com toda a força um prego em sua perna esquerda. O maldito soltou um grito que quase me deixou surda, pelo menos ele sentiu dor e estava vivo; minha amiga não. "Nossa, que grito é esse? Caralho, quase me deixou surda... Não faça mais isso!". Senti um pingo em minha bota, quando olhei... "Mas que porra é essa? Na minha bota nova? Ah, não, seu filho da puta. Limpa esse sangue de porco AGORA da minha bota fashion. Saindo daqui curtirei uma balada!", ironizei enquanto colocava a ponta de minha bota naquela boca imunda, que riu muito vendo minha amiga que agonizava no chão na noite em que morreu. "Vai, seu merda, lambe tudo! Quero super limpa, por favor.". O cretino lambia minha bota com cara de nojo. Eu ria, ria alto. Os outros três riam da cena. O maldito chorava, chorava muito e dizia que tinha filhos e esposa. Ignorei. Peguei um alicate e fui tirando suas unhas, uma por uma, fazendo-o gritar. Por um momento, desmaiou. Bati naquela fuça podre até ele voltar à vida. Uma surpresa muito melhor estava por vir: sua esposa. Soube que a safada o ajudava nos crimes, já havia matado muito, também. Não hesitei. Coloquei-a nua na parede e mandei que o desgraçado olhasse bem. Acabei com a vida da vadia com dois tiros: um no rosto e outro no peito. Coitadinho, seu marido chorava tanto e implorava para sair dali. Mas espera aí, ele riu da desgraça da minha amiga. Ah, isso era pouco, convenhamos. Pouco até eu tirar as calças dele e começar a pisar com uma certa força, não muita, mas um pouco em seus testículos. Novamente desmaiou. Então pensei: "Que ingrato! Não está querendo ver nada? Toda hora fecha seus lindos olhos verdes...", peguei duas agulhas e enfiei em seus olhos. E não é que ele acordou? "Levou sustinho, foi? Quantos dedos tem aqui, baby? Consegue ver? Ah, esqueci, não". Chutei a cadeira dele, que caiu para trás e amputei suas mãos. Agora o desgraçado não teria como atirar em ninguém.

Fui ótima, pedi para que os três dessem um jeito no local e o soltassem em qualquer esquina da cidade. Afinal, ele tinha dois filhos para criar e para ensinar a lição de que mexer com uma pessoa vingativa pode custar a visão, a mamãe e muito mais.

Eu não o matei, só não tenho culpa do desgraçado ter dado entrada no Hospital das Clínicas com hemorragia interna e não ser forte o suficiente para sobreviver. Tadinho...

Maiah
Enviado por Maiah em 26/07/2013
Código do texto: T4406265
Classificação de conteúdo: seguro