O resto é silêncio

Conversas. Badernas. Talvez bebidas. Maconhas? Eles vão e vem de todos os lados para todos os cantos. Entre, por favor, e fique à vontade. Eu entro, eu sento, como a sua comida e haverá descanso? Bebo seu vinho, ouço sua palavra, e eu me pergunto: haverá descanso?

Você viu como o céu está bonito? Não eu não vi. Não disse, as palavras morreram no pensamento. Palavras não ditas são como mortos aqui dentro, ocupam espaço por um tempo, sempre distantes, e depois somem. Fica o pó. Este fica para sempre.

Meu coração se revira faminto como um leão faminto, como um faminto.

Ela está sorrindo para mim? Me pergunto se eu sorri de volta, ou isto também está em silêncio também?

As paredes estão tremendo. A musica é estranha. Será que eu já pensei em fugir?

Um gato esfrega seus pelos em mim. Ele é seu? Não pergunto, mas devia.

Faz calor. Há quanto tempo?

Desculpe, mas... Eu preciso ir. Ela não responde. Eu, eu preciso ir. Me pergunta então se eu estou com fome. Não respondo e ela entende que sim.

Meu silêncio é físico. Sou eu.

Ignis
Enviado por Ignis em 30/07/2013
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