Tempo, tempo, tempo

As mãos esbranquiçadas, com pele já tão fina, manchas e rugas, aparência frágil, que tanta comoção, ternura e alguma –embora quase sempre inconsciente- repulsa despertavam, remetiam-lhe de maneira paradoxalmente prazerosa e dolorosa a uma vida repleta de movimento, beleza, amores, música, riso, choro, deliciosas atribuições e umas tantas coisas intensas...

Mas essas mesmas mãos devastadas pelo tempo, logo lhe lembravam que isso ela jamais terá novamente.

Luciana Caroli
Enviado por Luciana Caroli em 20/02/2014
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