Tempo, tempo, tempo
As mãos esbranquiçadas, com pele já tão fina, manchas e rugas, aparência frágil, que tanta comoção, ternura e alguma –embora quase sempre inconsciente- repulsa despertavam, remetiam-lhe de maneira paradoxalmente prazerosa e dolorosa a uma vida repleta de movimento, beleza, amores, música, riso, choro, deliciosas atribuições e umas tantas coisas intensas...
Mas essas mesmas mãos devastadas pelo tempo, logo lhe lembravam que isso ela jamais terá novamente.