A inveja

Porto Alegre, 15 de outubro de 2002...

A família Matoso vivia num prédio chique como poucos e possuíam um alto padrão de vida.

Uma de suas filhas Luana, estava fadada ao estrelato, pois havia recebido vários convites de agências de modelo para seguir carreira. Era muito bonita, esguia, loira e de olhos verdes.

Seu irmão cauã dava-se muito bem com ela. Logo, passava muita força para que ela seguisse sua tão almejada carreira de modelo internacional, vindo a conseguir o intento seis meses mais tarde e viajando para Paris para desfilar juntamente com as modelos mais famosas como Naomi Campbell, Gisele Bunchen, etc.

Sua irmã mais velha, Adriana, não se conformava com tanto sucesso, e MORRIA de raiva e inveja de sua própria irmã.

Até que um dia quando Luana voltou ao Brasil para visitar a família, Adriana preparou uma armadilha para a irmã não poder continuar a carreira de modelo internacional, e conseqüentemente ficar impedida de voltar a desfilar nas passarelas mais famosas do mundo.

Como moravam a alguns quilômetros de sua fazenda, Adriana ardilosamente esperou um final de semana para poder viajar com a irmã e com toda a sua família para a fazenda e para pegar Luana de calças curtas.

Quando as duas (somente as duas) estavam andando a cavalo, Adriana pediu para pararem no meio do caminho e degustarem uma morangueira, pois era época de morangos e estes pareciam apetitosos.

Sem que a irmã percebesse, ela injetou veneno em alguns dos morandos e ofertou-os a ela.

Luana ficou muito feliz em saber que aquela árvore linda já dava morangos tão grandes e apetitosos. Não pensou duas vezes: comeu-os e logo em seguida caiu morta.

Imediatamente, sua irmã Adriana começou a rir de felicidade por ter conseguido interromper uma vida de estrelato que aguardava sua irmã e falou: - SE EU NÃO POSSO SER MODELO, VOCÊ JAMAIS SERÁ!!!

Mas ela não contava que seu pai, sua mãe e seu irmão já desconfiavam de suas intenções a muito tempo, e na mesma hora os três apareceram como por encanto de carro, desconfiando, mas não tendo a certeza de que a própria irmã tenha tido coragem de tirar a vida de Luana.

Houve o enterro, sua família estava muito deprimida e inconformada com tudo o que aconteceu.

Passada a missa de sétimo dia de Luana, resolveram os três (pai, mãe e irmão), denunciar a própria filha Adriana (lógico que com provas), frente ao Ministério Público para averiguação do caso.

Esta ficou com uma raiva tão grande que tentou matar o pai, depois a mãe e o irmão.

Mas as desconfianças tinham procedência. O Ministério Público a intimou a depôr na delegacia e depois de tantas investigações acerca do caso, do homicídio doloso frente a Luana, foi marcado finalmente o julgamento.

Neste dia, estava muito frio e chovia muito. Mas todos da sua família compareceram ao Fórum de Porto Alegre dispostos a ver Adriana atrás das grades, pois fez tudo isso por pura inveja da irmã.

Depois de muitos testemunhos, e de dois dias de julgamento, Adriana foi condenada a 30 anos de reclusão por homicídio doloso e mais 10 anos de prisão por tentativa de homicídio contra sua família e foi transferida para a Penitenciária de Barra funda (onde encontram-se as criminosas com maior nível de periculosidade).

Enfim, sua família pôde vingar a morte de sua irmã. É bem verdade que não poderão trazê-la de volta, mas de certa forma, a criminosa apesar de ser filha deles, está cumprindo pena e se houver bom comportamento, sua pena irá reduzindo até conseguir viver em regime semi-aberto, podendo ir e vir da casa para a penitenciária e assim sucessivamente.

A única coisa que se soube foi que Adriana, mesmo antes de conseguir o regime semi-aberto, suicidou-se por não querer mais ficar presa e por ter ataques de depressão profunda.

A história é triste mas é a realidade do nosso país. Esse tipo de atitide existe nos dias de hoje.