A CHUVA NÃO VEIO . . .

CURTO(S) CONTOS

Fazia três invernos que não aparecia a chuva no sertão. O calor estava insuportável a ponto de não nascer sementes no campo. André - de pouca idade, já tinha o chão rachado a mostrar no rosto, de tantas rugas. A água nos açudes evaporava no dia-a-dia. Joanna já acordava preocupada com as crianças desidratadas. O pouco d'água que dispunha mais parecia suco de caju : era muito barrenta.

Todas as noites a família orava, fervorasamente, pedindo ao Fazedor da Existência para cair um pingo de chuva, mas um dia, o Senhor das chuvas teve dó de todos os sertanejos e numa bela madrugada de céu limpo e vento quente, de repente formaram-se nuvens negras de fazer medo e uma forte e torrencial chuvada caiu sobre o sertao de meu Deus. A criançada de tenra idade chorou assustada, pensando que o mundo ia se acabar. Joanna ficou de joelhos e o pranto copiosamente desaguou como a chuva. Ela chorou de alegria, agradencedo aos céus pela graça alcançada. A justiça divina tarda mas não falha. " O sertanejo é, antes de tudo, um forte ! " 23MAR14.

LeandroRecife
Enviado por LeandroRecife em 30/03/2014
Reeditado em 15/05/2019
Código do texto: T4749207
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