A Morte de Carioca.
O buraco estava lá, os coveiros com as roupas sujas de terra, molhados de suor,, surrados e cansados de saber...
O caixão seria baixado! Muita comoção entre os familiares. O Carioca, quase sempre meio bêbado e com um cigarro na boca, foi com sua curiosidade inata ver o trabalho dos diligentes coveiros, mas, velho, carcomido e ainda por cima 'meio bêbado', tropeçou num torrão de terra e caiu na cova. O cigarro foi junto, aceso. Morreu ali mesmo! Ninguém esboçou reação! Carioca se foi! A Celi, num canto, ainda murmurou: "se morreu é uma limpeza!'. Alguns engraçadinhos, ainda, sacaram seus celulares para fotografá-lo antes que a primeira pá de terra fosse lançada sobre seu corpo sem caixão! O outro cadáver, já dentro do seu, teve que esperar pela próxima vez... Carioca tinha pressa!
Pobre Carioca!
Parafraseando aquela antiga canção popular: fumou 'meio' um último cigarro e morreu atrapalhando o enterro... Que Deus o tenha!