Planos Tortos

Tardo a minha coragem, com medo dos erros que me assombram. E desacreditado do mundo tranco-me no quarto, minha cela cômoda. Choro as dores que voltaram, me desnutrindo cada dia mais. Um sentimento, que regressa rompendo meu elo com a paz. Afasto do que me prejudica, sonho mais um sonho bom. E me auto-julgando pelo que fiz, o flagelo é minha única opção.

Fico em dias de clausura esperando essa dor passar. Vendo o sentimento escorrer, sendo incapaz de secar. Contenho as lágrimas, já que, elas materializam a dor. Finjo o bem, para não me expor. Amenizo, por fim, relembrando sentimentos perenes quase mortos. Faço a vida perecer em meio aos meus planos tortos.