Devaneios e desilusões de uma pseudo-escritora

Eu escrevo porque sinto e ainda existo. Sinto a tristeza tomando forma em minha vida, obscurecendo meus sentidos, corrompendo minhas relações, destruindo minhas esperanças, inundando minha alma de desilusões. Sinto que tudo fora feito para nada. Sem propósito. Sem razão. Um barquinho a navegar sem porto, no meio do mar. É isso o que sou.

Minhas retinas são feridas pelas notícias sangrentas, mortes, execuções, assassinatos. Sangue e mais sangue inocente misturado a lágrimas, por quê? Por que, não podemos ser felizes? Por que não podemos transformar nossos medos em alegrias?. Somos pessoas tão frustradas. Somos maus e imundos. Deus nos tire desse mundo.

Quando isso acaba? Quando esse tormento cessa? Quando? Quando? O tempo é meu inimigo? Tenho de deixá-lo decidir quando eu não devo mais existir? Não quero mais.

Não quero mais. A hipocrisia, a ignorância, a insensatez, a violência, o preconceito, o medo.

Não quero mais, estar neste mundo louco, onde tudo é pouco e o muito é nada.

Quero ser como as estrelas que brilham no céu, apenas. Quero ser como as folhas de outono em uma brisa fria pela manhã. Quero ser o canto do pássaro. A onda no mar. A terra verdejante. Os sons de outro lugar. Quero ser o que jamais fui. Quero dormir nas profundezas do oceano longe do homem, longe dos ruídos do mundo.

Clamo a ti morte, todos os dias e noites solitárias, que me deite e não desperte jamais, me deixe adormecer no sono dos inocentes, me deixe esquecer pelo tempo, me deixe em pó e terra.

A única certeza, é que um dia em minha sepultura nascerá uma bela flor.

Taiane Gonçalves Dias
Enviado por Taiane Gonçalves Dias em 30/07/2014
Código do texto: T4903384
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