Paginas Rasgadas do Diário Inacabado de um Adolescente

Minha tia é quem esta no volante . Ela me leva para aula de musica . Ela não vai muito com a minha cara , principalmente porque estou sempre de olho nos seus peitos .

Mas a culpa é dela . Sou um garoto de quatorze anos com um monte de hormônios eufóricos buscando uma válvula de escape dentro de mim . Minha tia estar sempre andando pela casa com seus decotões estupidamente grandes não ajuda muito .

Acha que consegue voltar sozinho depois , Lucas ?

Do banco de trás respondo que sim . Meu pai paga uma grana para ela me olhar nos finais de semana quando ele e minha mãe vão para casa de praia . Eu prefiro ficar em casa nesses dias , sozinho , porque eu e minha tia temos um acordo . Eu não digo nada sobre ela não cumprir sua parte do trato com meu pai e ela me deixa sozinho em casa , então chamo meus amigos , a gente leva cerveja , vinho e charutos e ficamos chapados na piscina , contando as estrelas , contando piadas , falando asneiras . Mas esse dia em especial foi diferente , e é sobre ele que vou falar . Paramos de frente para o conservatório . Minha tia quis saber onde estava meu violão e eu lhe disse que hoje teríamos aulas teóricas , que não seria preciso trazer o instrumento . Esperei ela dobrar a esquina e segui na direção contraria . Nesse dia , só para constar , ela estava usando seu decote mais grande , e acho que nada de sutiã , porque dava pra ver os bicos dos seus peitos quase rompendo o tecido da sua blusinha . Tudo que eu queria naquele momento indo na direção contraria da minha tia era estar com meu violão e bota lo na frente da minha piça . Mas como não estava com ele passei na banca de jornal , comprei a Gazeta da Cidade e segui disfarçando com ele na minha frente . Eu nunca havia comprado um jornal na minha vida , então fiquei confuso na hora . Haviam quatro diferentes , cada um com um preço mas basicamente as mesmas matérias. Na foto grande de primeira pagina uma mulher cobria a cabeça com um monte de gente em volta dela . Dei uma rápida olhada sem ler a noticia . Uma criminosa , só podia ser . Segui assim , o jornal cobrindo meu sexo excitado com a imagem dos peitos da minha tia em direção a casa de Júlio . Eram três e meia , o sol castigando , fazendo suar , eu bem podia pegar um táxi , mas ai me faltaria grana para mais tarde . Toquei a campainha de Júlio , foi sua mãe quem atendeu . Eu já estava melhor naquela hora , digo , não estava excitado , mas a senhora mãe de J. , quase acabou comigo . Ela estava malhando , o suor lhe escorria na testa , os fios de cabelos louros grudados no rosto . Toda compacta na sua malha e seu umbigo insistia em me encarar .

Lucas , tudo bom ? O Julinho tá no quarto , sobe lá …

Ela tinha voz de atendente te telemarketing . Muito simpática, e quando passei por ela sua mão correu nos meus cabelos num cafune carinhoso . Eu não podia com aquilo , tudo que eu queria naquele momento era um banheiro . Mas diabos , era a mãe do Júlio , eu não poderia descascar uma na sua própria casa pensando no umbigo da sua mãe . Bati na porta do quarto e ele me mandou entrar . O encontrei sentado na cama contando um punhado de moedas .

O que tem ai na mão ?

Perguntou ele , se referindo ao jornal . Perguntei o que estava fazendo .

Contando essa moedas , cara . Pra mais tarde . Ta com sua parte da grana ai ?

Eu nunca tinha feito o que iriamos fazer , mas disse a ele que provavelmente não se paga com moedas .

E porque não , Lucas . É dinheiro , de qualquer forma .

Os pais de Júlio eram donos de uma rede de fast food , eles tinham muita grana , viviam numa casa confortável de três andares , disse isso a meu amigo e mandei ele pedir algumas notas para sua mãe .Ele pegou o telefone do lado da cama e discou .

Mãe , vou sair hoje com o Lucas , sera que pode me dar algum dinheiro ...não , quanto ? Bom , a senhora que sabe . ..

Vamos no cinema , mãe ...quinze ? Não , tem de ser um pouco mais ...cinquenta ? A senhora sabe quanto custa a pipoca hoje em dia , mãe ? ...isso , tá bom . Escuta , vou pedir pro Lucas descer ai e pegar , tá legal ..te amo mãe ….

Depois ele encheu as mãos com as moedas e botou tudo numa lata de achocolatado .

Desce lá , minha mãe vai te entregar a grana .

Eu descer ?

Claro , vai lá .

Bom , sua mãe . Ela tá malhando …

E dai , Lucas ? Tu conhece minha casa , vai lá .

Desci as escadas até o primeiro piso , passei pela cozinha e sai na piscina , passei pela churrasqueira para entrar na academia particular deles . A mãe não me ouviu chegando. Estava com fones nos ouvidos pedalando que nem louca sem sair do lugar .

**

Me notou quando parei na sua frente . Se aquilo fosse uma bicicleta de verdade ela teria me atropelado .

Vim pegar o dinheiro , senhora ...

Lucas , o dinheiro esta na minha bolsa , filho . Vá pega la , por favor …

Ela disse isso sobre a bicicleta ergométrica . Suas coxas firmes marcavam a calça preta . Apanhei a bolça sobre a mesa de tênis e entreguei a mãe . Naquele momento uma gota de suor pingou do seu queixo . Me perguntei o sabor que ele teria . Entre seus seios a mão correu uma toalha branca .

Esta tudo bem , Lucas ? Parece um pouco pálido …

Desviei o olhar e respondi que estava tudo bem .

Estou bem , senhora . É o calor …

Ela me entregou cem pratas .

Tem suco na geladeira . Tome um pouco . Se quiser nadar para relaxar um pouco ou espantar o calor ...pegue um calção do Julinho .

Não , esta tudo bem . Acho que não vai dar tempo para nadar . Daqui a apouco vamos sair , sabe . O cinema .

Sua mão tocou meu braço e o apertou . A mãe franziu a testa .

Menino , esta magro . Você é muito magrinho . Vem aqui , vou te ensinar uns exercícios . As garotas gostam de rapazes musculosos , sabia disso ?

Ela saltou da bicicleta e foi me guiando pelos ombros . Me guiou até os pesos . Tinha uma porção deles no chão sobre um tapete de borracha . Me entregou a toalha branca e apanhou dois deles no chão . Me mostrou como fazer .

Veja bem , Lucas , um braço de cada vez . Flexione até o peso atingir seu ombro , esta vendo . Se fizer isso vai ganhar músculos e as meninas vão cair matando em cima de você , filho .

E lá estava seu umbigo me encarando novamente . O sangue novamente fluindo nas partes baixas . Precisei pensar em outra coisa , estava prestes a atacar a mãe de lucas ali . Meu deus , comecei imaginar minha mãe parindo minha irmã . Um parto natural , eu , o doutor puxando minhã irmã caçula pela cabeça do meio das pernas da minha mãe ...logo o sangue parou de fluir para a piça e meu rosto foi se contorcendo em nojo ….

Lucas , sua vez .

A mãe me passou os pesos . Pesados mesmo . Acho que tinha uns dez quilos em cada mão . Ela em posicionou , mantendo as costas eretas e as pernas ligeiramente aberta . Um , dois , um , dois , um braço de cada vez . Nesse momento já não era mais seu corpo , mas sim seu perfume que me excitava . Nem a imagem da minha irmã funcionou .

Não , chega , já deu pra mim …

Falei , mas ela insistiu .

Ha , Lucas , só mais um pouquinho . Vamos lá . Tire a camisa...

O que ?

A camisa , tira ela . Vai ver como vai se sentir mais solto assim .

Tinha esse espelho grande bem atrás da gente , e meu corpo branco refletia toda luz da academia particular deles . A mãe pescou um pneuzinho da minha barriga .

Vê isso aqui ? Com uma semana de exercícios ele vai sumir...

Depois pegou minha mão e levou até sua barriga . Pediu para que eu pescasse na sua .

Vamos , Lucas , não precisa ter vergonha .

Sua pele era macia , ela contraiu a barriga e riu .

Olha , pedi para pescar , não me fazer cocegas …

**

Fomos de táxi até a casa do Raul . No caminho Julinho ficou me questionando sobre a marca de batom que eu tinha no pescoço .

Você não estava com ela quando chegou em casa , Lucas …

Pera ai , cara . Que viadagem , tá reparando em mim agora ?

Minha mãe pediu para você voltar na segunda . Pediu para te lembrar . Lembrar do que ?

Expliquei a ele que ela iria me dar algumas aulas de ginastica e tal . Depois perguntou porque demorei tanto quando fui pegar o dinheiro .

Cara , ela estava me ensinando alguns exercícios , foi isso , tá legal …

E a marca de batom ?

Cara , vai se foder …

O táxi parou bem na porta da casa do Raul . Batemos na porta . Na verdade eu bati , porque Julinho faltou derrubar a porta com seus socos .

Vai com calma ai , cara …

Disse eu . Ele me mandou ir se foder . A marca de batom no pescoço o deixava nervoso .

Lucas , limpa essa porcaria ai .Ta parecendo um idiota com esse batom...

Disse ele , sem me olhar .

Gosto dela aqui . Não vou limpar nada . Me trás boas recordações …

A porta abriu e foi o pai do Raul quem atendeu . O pai era um homem enorme , metro e noventa pra mais . Seus braços não eram fortes , eram gordos , roliços e a barriga quase que não cabia dentro da camisa . Mas era um cara legal . Pai viúvo que criou o filho sozinho . Era dono de um largo sorriso . Estava feliz porque seria nosso grande dia . Fora ele quem acertara tudo com a mulher . Disse que não nos daria nenhuma dica ou conselho porque não havia o que ser dito .

Vocês só vão aprender errando . Mas ela é uma boa pessoa , vão se sair bem ...

Raul estava preocupado com o tempo .

Mas pai , uma hora . Não acho que vai ser tempo suficiente para nós três …

O pai riu .

Vai ser mais que o suficiente , moleque . Provavelmente ela vá até lhes devolver a grana …

Estávamos todos na sala . Assistindo a uma partida de tênis .

Julinho se dissolvendo em prazer com o gemidos das tenistas . Raul perguntou sobre a marca de batom .

Não é nada demais , cara . Depois lhe conto …

Juninho me fitou , parecia bravo .

Porque não conta agora para todos ouvirmos , Lucas ?

O pai também ficou curioso . Nada disso , depois , foi o que eu disse . Estava gostando de deixar Julinho nervoso e intrigado .

( inacabado )

25/09/2014

13h03m

Cleber Inacio
Enviado por Cleber Inacio em 25/09/2014
Reeditado em 25/09/2014
Código do texto: T4975754
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