Velho Doido.
Aquele velho senhor cujos dentes laterais desapareceram no espaço-tempo, me lembrava muito o Gabriel Garcia Márquez, seu bigode, sua pança, sua fisionomia de um modo geral, e bebia também e falava meio Márquez, sempre doido a gesticular do lado de fora do bar, como se expusesse uma tese de doutorado a respeito de moscas de bar, eloquente e até um pouco delirante, preocupado com a música que tocava na rádio (Led Zeppelin). Queria saber o ano. O ano lhe era dito e ele não acreditava de jeito nenhum, afirmando que aquelas coisas eram novas, que naquele tempo só existia Roberto Carlos e Tião Carreiro e Pardinho...
Velho doido!