Banalidades.

Aí sentamos os três nas cadeiras ao redor da grande mesa de reuniões da sala dos paspalhos... A mulher principiou a falar coisas desconexas, com olhares esbugalhados, a boca torta, raivosa feito uma cadela doente, babando pelos cantos e soltando sangue pelas ventas. O jovem que a acompanhava empalidecera. Ouvimos em silêncio aquele esbravejar de quem só quer atacar, porém sem razão. Ninguém sabia ao certo o motivo daquela reunião, mas era fato que estávamos ali com o ar condicionado ligado preparados para eventuais ataques de nervos histéricos... De nada adiantaram as guerras, as bravatas, as desforras, os ódios e as palavras, lançadas ao léu, perderam-se ao vento, pois o Mundo, de uma hora para outra, deixou de existir...

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 27/04/2015
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