Num Tempo Vago.

Naquele tempo, corria o ano de 1986, nosso lema maior era nos mantermos vivos. É. Isso já era uma vitória no fim da tarde, quando, mesmo sem banho, comíamos algo esquecido e, mesmo sem banhos, desmaiávamos nas camas. Ninguém nunca soube o que era aquilo, aquelas medalhas, aqueles cartazes, aqueles kichutes que hoje não fabricam mais. Nossa alimentação básica era goiaba, manga, amora, cajamanga e ameixas amarelas (nem sei o que era aquilo, sei que nunca mais vi). Ali não havia o dia seguinte. Era o agora digladiando com o agora! E cá estamos, e lá estaremos...

Lembro-me como se fosse anteontem do último inverno, um inverno que mais pareceu um inferno. Não pelo que disse Aliester Crowlei ou Willian Blake, nada dessas besteiras, muito menos pelos sete a um da Alemanha, o frio, a seca, a corrupção, que nada!, que porra!... Nunca me esquecerei do último inverno quando percebi e me vi livre, fora da 'Caverna de Platão", e que as coisas não eram nada, absolutamente nada daquilo que eu pensava!

Nada mais espero do que sinceridade. Falsidade hoje em dia, naturalmente, costumo usar como saco de vômito!

Tem mais, aproveitando o ensejo, jamais vote em político e nem compre em comércio que extravasa no volume de seu marketing em carros de som! Existem crianças que precisam dormir, doentes que precisam de cura e idosos que exigem respeito por tudo o que viveram! Não vote e nem compre em quem perturba o sossego alheio para vender seu pão, conquistar aos berros seu voto e ficar no meio!

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 02/06/2015
Código do texto: T5264088
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