Pagando a conta

- Filha você não quer ir passear na sua escola?... Amanheceu dona Eliane dizendo a sua filha Sophia, que de um piscar de olhos logo concordou e fora pegar os seus chinelinhos. Nesse intervalo, fora muito bem recomendada, quanto a um comportamento social adequado, que a menina mesmo sem compreender as palavras, entusiasta da rua de imediato concordou, quando balançou a cabeça. Contrato feito e aceito as duas seguiram rua a fora e lá chegando foram bem recepcionadas pela dona da escolinha, dona Maria Joaquina, que levou-as a tesouraria.

Um simples pagamento, era o que dona Eliane e dona Joaquina, que iria receber pensavam, porém na cabeça de criança as coisas acontecem fantasiosamente assim.

Conversa vai e conversa vem, Sophia impaciente ouviu quando sua mãe falou em pagamento. A garotinha que no caminho havia pegado do chão, na rueta uma moedinha de dez centavos começou a zanzar pelo escritório até que descobriu a maquina de cartões e enquanto sua mãe e dona Joaquina se distraiam conversando; pois vocês já viram quando mulheres se encontram. É uma festa, que se não interromper amanhece o dia, se for noite e não se sabe como vai terminar. Mas o fato, é que Sophia, descobrindo a invenção, pensou certo e colocou a moedinha dentro da máquina, que na cabeça daquela criança era pra receber pagamento e ela tinha dinheiro pra pagar a conta.

Quando enfim, a conversa pauseou, dona Joaquina procurou a máquina e ao tentar inserir o cartão a menina falou:

- Tia eu já paguei!

Aquela senhora não compreendeu e replicou: O que minha filha?

- É eu já paguei a conta de minha mãe.

Rindo sem compreender a afirmação da menininha inseriu o cartão da dona Eliane na máquina, que de pronto recusou. E no visor avisava, mesmo sem cartão no local, que tinha que retirar o cartão.

Dona Joaquina confusa reclamou: - Essas máquinas vivem dando problema e quando a gente precisa nunca funcionam.

Dona Eliane, que embora conversando, ouviu o que a minha falou e com o pensamento nas danações de sua filha, refletiu e perguntou: - O que houve?

- Esta máquina, que me parece estar com problema, pois pede pra retirar o cartão se nem coloquei cartão dentro.

Foi quando de um estalo, dona Eliane perguntou a Sophia:

- Filha o que você colocou dentro da máquina.

Assustada com a pergunta direcionada a menina dona Joaquina ficou apreensiva e se limitou a apenas olhar a situação.

Que a menina esclareceu:

- Mãe tu não veio pagar. Eu já paguei. Coloquei o meu dinheiro ai dentro.

De imediato, dona Eliane a repreendeu: - Filha isso não se faz, essa máquina não é brinquedo. Por que você fez isso?

E a menina não se fez de rogada e respondeu: - Mãe, tem paciência comigo, eu sou criança sabia. E eu só queria uma vez pagar a tua conta.

Não teve quem ficasse sério. Desde o porteiro, que pegou o bonde andando a dona Joaquina, começaram a desatar em risada. Enquanto Sophia, com a cara fechada fitou o ambiente e saiu corredor afora para o jardim e ficou se balançando sozinha no balanço da escola.

Dona Joaquina então pegou outra máquina e pode enfim completar o pagamento da escola da Sophia.