"Morena, Linda, Sensual, de Olhos Verdes" = Romance Capítulo 12

Não vou parar. Vou te ensinar toda a técnica para você aplicar em mim. Sou viciada em carinhos pelo corpo todo.
- Quem a deixou viciada? Posso saber?
- Não. Você não tem nada a ver com isso. Vamos fazer um trato, aqui e agora: seu passado pertence a você e meu passado pertence a mim. Se você quiser, nossos futuros poderão pertencer a ambos. Está bom assim, meu querido?
- Está ótimo. Desculpe o ciúme explícito em minha pergunta.
- Está desculpado. Dessa vez passa. Agora observe que a coçada irá por partes. Primeiro, para começar, uma omoplata. Circule a mão, sempre com as pontas das unhas, no sentido que quiser e por quanto tempo achar que deve. Depois vá para a outra omoplata e faça a mesma coisa. De repente leve a mão lá pra baixo e coce meu bumbum com vontade. Desde a dobrinha perto das pernas até o comecinho da coluna. Depois pare um pouco, encha meu corpo de beijinhos rápidos, assim, assim, assim, assim, assim, e passe a mão suavemente pela pele das costas, quase sem encostar. Isso provoca um arrepio tão gostoso que até a mais seca das mulheres fica molhadinha, acho eu. E você, como está se sentindo?
- Acho que seu colchão é que deve estar pensando que quero estuprá-lo. Tá que nem ferro o dito cujo…
- Coçada nas costas é fogo, meu coronelzinho. Pena que pouca gente conheça seus benefícios na cama. Bem, vamos continuar com a lição. Nessa etapa a gente intercala coçada com unhas, beijos rápidos e muitos, e lambidas longas, com a língua bem molhada. Vamos ver se você aprendeu alguma coisa da primeira lição. Não, nada de grudar em mim por enquanto. Fique mais longe um pouco e treine coçar com as pontas das unhas. Deixe-me ver suas unhas. Nossa, que pena! Cortadas muito rentes, muito, muito rentes. Olhe para mim, para os meus olhos, e jure que nunca mais vai cortá-las tanto assim. Tão pertinho das pontas dos dedos. Um bom amante deve deixar alguns milímetros de unhas para uso em caso de emergência.
- Desculpe-me, minha querida. Nunca imaginei antes que um dia precisaria delas para isso. Quando coço o saco no serviço elas não fazem a menor falta, minha safada.
- Isso é porque você não ganhou uma coçada no saco dada por mim…
- Essa eu quero experimentar logo. Pode ser agora?
- Só se você me mostrar que aprendeu bem a lição número um da coçada profissional. Coce-me com eficiência e voltaremos a esse assunto.
Beluzzi ria enquanto começava a praticar a coçada na bela pele morena exposta à sua frente. Desajeitado a princípio, logo pegou o jeito e Eliane gemia de prazer.
- Aí, menino. Está aprendendo bem depressa. Agora varie um pouco. Desça depressa com a mão e suba devagarinho. Depois vá inventando novos ritmos e maneiras, do seu jeito, do jeito que lhe vier à cabeça.
Beluzzi coçou-a por muito tempo e com muito prazer. De repente virou-a de bruços e sentou-se em cima de suas nádegas, prendendo as pernas dela entre as suas.
- Deixe-me mostrar-lhe uma variação da coçada à minha maneira. Você vai gostar e ficar viciada.
- Quero ver. Tomara que fique viciada mesmo.
Beluzzi começou com uma vigorosa massagem nos ombros de Eliane, avisando:
- Calma, logo chegarei na parte interessante. Isto é apenas o começo. Uma preliminar batida e conhecida, mas indispensável para o bom êxito da missão. Quando sentir que você está cem por cento relaxada é que começarei a parte boa da coisa.
Massageou-a por vários minutos da mesma maneira e de repente começou a pegar pequenos pedaços de suas carnes com os dedos ajuntados, puxando-os em velocidades variadas, dos dois lados do corpo ao mesmo tempo. Parava um pouco, fazia os dedos caminharem pelas costas de Eliane, voltava a puxar pequenos pedaços de seu corpo como se estivesse lhe dando grandes beliscões indolores esparsamente. Eliane rebolava e gemia de genuíno e intenso prazer, querendo sentir cada vez mais os dedos vigorosos e rápidos do amante. Beluzzi passou então a intercalar com a gostosa massagem, lambidas, beijos e suaves passadas de mãos por toda a extensão daquela linda pele morena, por todo aquele lindo corpo feminino, cheiroso e bem cuidado.
Virando-a de frente para ele, passou a fazer a mesma coisa nos seios empinados, mas de forma a não magoá-los.
Poucos minutos depois ela se virou novamente de costas para ele e com uma das mãos exigiu a penetração vaginal total, com toda urgência possível. Beluzzi atendeu-a logo, rindo satisfeito ao perceber a surpresa da moça com sua eficiência nas demoradas e elaboradas preliminares.
Depois de plenamente satisfeitos, foi a vez de Eliane perguntar:
- Puxa vida!! Quem lhe ensinou isso, menino !? Desse jeito maravilhoso eu não conhecia!
- Seu passado é só seu, o meu é só meu, tá lembrada?
- Estou, mas me conta, vá. Quem foi que lhe ensinou a dar esse trato maravilhoso em uma mulher?
- Você, minha cachorrinha. O que eu fiz foi só uma variação, masculina, da coçada que você me ensinou a dar em você. Treinar a coçada liberou minha imaginação e parece que o resultado foi muito bom.
- Muito bom? Foi uma maravilha! Aquelas pegadinhas na carne com todos os dedos ao mesmo tempo, com a variação da velocidade, de lugares, de pressão, foram coisas de mestre. Tô viciadona. Sem remédio e sem cura. Vamos tomar um banho caprichado?
- Vamos lá, mas tem uma coisa: quem te lava todinha sou eu. Lavo, dou brilho e enxugo. Combinado?
- Combinado. Mas eu também lavo você do meu jeito especial.
Demoraram muito tempo no banho. Rindo, conversando, se esfregando com exagero, explorando ao máximo as intimidades de cada um, admirando cada um o corpo do outro.
Beluzzi resolveu perguntar no banho uma coisa que lhe viera à cabeça mas que ainda não tivera coragem ainda de sequer sondar a respeito:
- Você gosta de sexo a…
Antes que ele completasse a pergunta Eliane pôs-lhe um dedo sobre os lábios e respondeu:
- Gosto de sexo de todos os jeitos possíveis e imagináveis, e até mesmo de modos inimagináveis. E o que você ia perguntar agora é uma coisa que aprendi a gostar quando ainda era virgem. Eu e minhas amigas tínhamos tanto medo de engravidar que a única maneira de sentir algum prazer era essa que você ia perguntar e eu interrompi. Muitas mulheres não gostam. Não sentem prazer algum e quando fazem é só para agradar ao homem. Eu não. Eu gosto e muito. Quando quero, não faço cerimônia: encaminho pra lá e mando ver. Você gosta? Mas gosta mesmo?
- Gosto, mas nem sempre. Gosto como uma variação, vez ou outra. Acho o sexo anal um tanto quanto anormal.
- É por isso que é bom de vez em quando. A gente fica se sentindo um tanto quanto animal. Eu me sinto uma cadela, uma égua, sei lá. Um bicho qualquer que sabe se divertir na cama.
- E de palavrão, você gosta? Digo, na cama, na hora da trepada.
- Adoro. Acho que na cama a tente tem que chamar as coisas da maneira mais vulgar e carinhosa possível. Com muita intimidade a gente faz isso naturalmente. Sem qualquer constrangimento. E você, gosta?
- Faz o meu gênero. Mas, só pra me orientar com relação a você, diga-me alguns palavrões que gosta de ouvir.
- Prepare-se para ficar vermelhinho porque vou disparar as coisas que gosto de ouvir baixinho e com carinho cheio de tesão em minhas orelhinhas. – Eliane sussurrou em um dos ouvidos de Carlos, como se alguém pudesse ouvi-la, algumas das bobagens que considerava excitantes- Gostou dos exemplos? Daí em diante em deixo por conta de sua imaginação. Você poderá dizer o que quiser e ouvirá de mim o que eu quiser dizer em suas orelhas enquanto estivermos gostosamente atracados um ao outro.
- Gostei. Deixe por minha conta que seus ouvidos terão o prazer dessa música nas horas certas.
- É isso aí. Tem que ser nas horas certas. Vulgaridade assim tem que ser no momento certo. Na mesa, fora do quarto, fora da cama, é horrível. É o mesmo que ir à missa só de cueca.
- Você não existe, mulher. Foi feita sob encomenda para um macho. Para um cara que gosta pra valer de mulher. Quanto mais a conheço, mais vontade tenho de ficar viúvo…
- Que coisa triste pra se dizer, Carlinhos…Não diga uma coisa dessas nem de brincadeira. Afinal de contas ela é mãe de suas filhas. Alguma qualidade ela deve ter, senão suas filhas não seriam tão boas pessoas quanto você diz que são, a toda hora.
=continua amanhã.
Fernando Brandi
Enviado por Fernando Brandi em 26/06/2007
Reeditado em 20/07/2007
Código do texto: T541498
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