Interpretação de Contos

Atividade realizada em sala de aula, que decidi trazer a conhecimento alheio, lembrando que tudo aqui descrito próvem de minhas idéias e opiniões, podendo distanciar do verdadeiro sentido dos contos. Espero que aproveitem.

- "A moça Tecelã" - Marina Colasanti

Este conto mostra a divindade num simples movimento comum. O tear, máquina usual do trabalho de milhares de pessoas, representa o livro da vida, esperando que mãos ágeis e habilidosas construam o amanhã. A moça, com seus impulsos também humanos, sente o vazio do ser humano, a alma incompleta, e acaba por querer levar a vida normal, ao lado de um homem. Porém a maldade do ser corrompe a divindade, e percebendo esta, a moça termina com aquilo que começara.

- "Nunca é tarde, sempre é tarde" - Silvio Fiorani

Este conto mostra a vida moderna, o cotidiano que se repete dia após dia. Aquele que não acaba. Como moinho do tempo que sempre desce próximo ao chão e sobe novamente, num movimento contínuo e circular, onde já não há mais começo nem fim, apenas pressa para voltar a um ponto que não existe mais.

- "A máquina extraviada" - José J. Veiga

Num lugar simples chega a inovação da nova era. A mesma simplesmente aparece e, mudando a vida de todos da comunidade, transforma-se em símbolo, mesmo sem se ter idéia alguma sobre para que serve. A dita "evolução" chega a conhecimento daqueles que não o tem, e por isso, perde sua funcionalidade, que em meio a capim a insetos, virava o Deus que o povo não via.

- "Os Músculos" - Inácio de Loyola Brandão

Este, representa o modo como o desenvolvimento chega a vida urbana, e o emaranhado de fios cria uma nova realidade, da qual não se pode escapar, e, por pior que seja ela, aprendemos a conviver com seu problema, que agora já também solução.

- "Clínica de repouso" - Dalton Trevisan

Este, representa a importância das relações interpessoais, tanto na vida de hoje, quanto na de ontem. Quando a temos, nos perdemos entre problemas e intrigas, por coisas fúteis, sem nenhuma importância. Quando a perdemos, definhamos a meia-luz, com a solidão a volta. Solidão que já é morte.