Motoqueiro fantasma?

Certa vez uma jovem muito bonita saiu de uma festa, já bem tarde da noite, beirando a madrugada.

Fora da Casa de Show como de costume, procurou um transporte que a levasse para casa, um táxi, ou moto táxi.

Não encontrando, caminhou um pouco e percebeu que um rapaz se preparava para deixar o local, olhou ao longe, como quem procurasse uma identificação, jaqueta amarela e nome atrás, ela não teve dúvida, gritou rapidamente:

- Ei! Já alcançando o homem.

Ele parou a moto e a esperou curioso.

-Por favor, você pode me levar para casa? – Perguntou.

-Posso sim, já estava indo embora mesmo. Onde fica sua casa? – o homem quis saber.

-Nesse bairro mesmo, vamos vou lhe mostrando o caminho – respondeu já montado na garupa.

Seguiram pela rua principal, passando então por dois quarteirões.

-Olhe já estamos quase lá – Disse ela ao desconhecido.

-Nossa se fosse para vir a pé era complicado para você. – Conversava ele tranquilamente.

De repente chegaram numa encruzilhada, lugar em que a avenida se dividia.

-E agora? Por onde sigo – quis saber o moço.

- Por aqui – Disse, apontando para uma das ruas de aspecto escuro e um tanto ermo.

-Aqui é a Rua do Cemitério. – afirmou o motoqueiro.

-sim eu moro lá, isto é, em frente ao portão. Afirmou a jovem, notando seu olhar amedrontado.

O rapaz seguiu sem dar mais uma única palavra, e por fim chegaram em uma casa cujo porta dava para frente do portão do cemitério.

O jovem sentiu calafrios ao avistar de longe as lápides e as velas, algumas ainda acesas.

-Nossa- disse ele - você não tem medo de morar aqui? Não se aborreça não viu moça, mas você branquinha desse jeito e esse cabelo loiro enorme assim, pode se passar muito bem por uma alminha penada viu.

Ela riu alto, retirando da carteira uma cédula de cinco reais, para pagar a viagem dizendo:

- Nada, já até me acostumei, tome, estendendo-lhe o dinheiro.

O rapaz ligou a moto outra vez e disse:

-Não precisa me pagar não moça.

Ela olhou espantada e disse:

- Oxente, mas você não é um moto táxi? Ganha pra isso não é?

Dando uma gargalhada o rapaz respondeu:

-Não, você está enganada. Eu estava saindo da festa e lhe dei essa carona. Boa noite.

Dizendo isso o rapaz virou-se e saiu.

Boquiaberta a moça permaneceu ali, parada por certo tempo, olhando aquele homem que seguia pela rua encoberta pela neblina da madrugada. E então levou às mãos a boca, tamanho não fora seu espanto:

-Meu Deus! Ele não era moto táxi.

Foi aí que se dera conta:

-A jaqueta dele tinha um nome americano em forma circular.

Com um misto de susto, e ao mesmo tempo achando tudo muito engraçado ela reconheceu o nome.

Não era Moto – táxi. Estava escrito Hard Rock Café.

história real, baseada em depoimento de uma amiga especial Érica Franco.

Di Brasil
Enviado por Di Brasil em 18/07/2016
Reeditado em 18/07/2016
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